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Petroleiros aprovam greve nacional a partir de segunda-feira após impasse nas negociações com a Petrobras

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • há 2 dias
  • 2 min de leitura
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Por Guia Miraí


Trabalhadores da Petrobras aprovaram uma greve nacional com início previsto para a meia-noite da próxima segunda-feira (15/12), após o que classificam como fracasso nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) entre a companhia e a Federação Única dos Petroleiros (FUP), entidade que representa a categoria. Segundo os petroleiros, a contraproposta apresentada pela Petrobras foi considerada “insuficiente” e, por isso, acabou rejeitada.


A decisão eleva a tensão em um setor estratégico para a economia e ocorre em meio a discussões que envolvem, além de itens trabalhistas, um tema de forte impacto social: os Planos de Equacionamento de Déficit (PEDs) da Petros, que podem afetar diretamente a renda de aposentados e pensionistas vinculados ao fundo de previdência.


De acordo com a categoria, o estopim para a paralisação foi a avaliação de que a nova proposta apresentada pela empresa — entregue, conforme informado, na terça-feira (9/12) — não atende às reivindicações centrais dos trabalhadores. Entre os pontos considerados prioritários, os petroleiros citam:

• Busca de solução negociada para os PEDs da Petros, mecanismo de equacionamento de déficits que pode aumentar contribuições e reduzir renda disponível de assistidos;

• Aprimoramentos no plano de cargos e salários, com ajustes que, segundo os trabalhadores, precisam refletir a realidade atual das funções e responsabilidades;

• Garantias de recomposição sem aplicação de mecanismos de ajuste fiscal, tema que aparece na pauta como forma de proteger ganhos e evitar perdas indiretas.


A FUP sustenta que o impasse se consolidou após a rejeição da “segunda contraproposta”, descrita como aquém do esperado pela categoria.


A Petros é a Fundação Petrobras de Seguridade Social, um fundo de pensão criado em 1970 para gerir planos de aposentadoria complementar de empregados da Petrobras. Considerada um dos maiores fundos do país, a Petros está no centro da atual queda de braço porque os equacionamentos de déficit (PEDs), quando acionados, costumam gerar efeitos diretos no bolso de participantes e assistidos, especialmente aposentados e pensionistas.


Na prática, a discussão sobre os PEDs extrapola o acordo vigente de trabalhadores da ativa: ela envolve sustentabilidade dos planos, responsabilidades de patrocinadoras e desenho de uma solução que reduza impactos permanentes sobre benefícios e contribuições.


Com início anunciado para a meia-noite de segunda-feira (15/12), a greve tende a pressionar a empresa a reabrir ou acelerar a mesa de negociação. Em paralisações anteriores no setor de óleo e gás, os efeitos costumam variar conforme a adesão e as medidas de contingência adotadas.


Em geral, movimentos grevistas nessa área levantam discussões sobre:

• continuidade de atividades essenciais, especialmente em unidades operacionais;

• planos de contingência e escalas mínimas;

• impactos indiretos na cadeia logística e em serviços associados.


Até a consolidação do movimento, o cenário mais provável é de disputa narrativa (categoria afirma insuficiência; empresa tende a defender a proposta) e tentativa de mediação para evitar prolongamento.

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