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PF investiga repasses milionários e relação entre lobista do INSS e empresária ligada a Lulinha

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • há 23 horas
  • 2 min de leitura

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Por Guia Miraí

(Com informações de Luiz Bacci)


A Polícia Federal apura a transferência de mais de R$ 1,1 milhão feita pelo lobista Antonio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, para a empresária Roberta Luchsinger, no contexto das investigações que miram um suposto esquema de descontos indevidos em benefícios previdenciários, caso que ficou conhecido como “Farra do INSS”.


De acordo com documentos obtidos pela PF, parte dos valores teria sido destinada ao que o lobista chamou, em mensagens apreendidas, de “filho do rapaz”. Segundo os investigadores, a expressão pode fazer referência ao empresário Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. As apurações, no entanto, ainda buscam confirmar o real destino dos recursos.


Um dos repasses sob análise envolve o pagamento de R$ 300 mil à empresa RL Consultoria e Intermediações Ltda., vinculada a Roberta Luchsinger e mencionada em decisão do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF). A Polícia Federal avalia se os valores estão relacionados a atividades de lobby junto a órgãos do governo federal.


Nesta quinta-feira (18/12), Roberta Luchsinger foi alvo de mandado de busca e apreensão durante uma nova fase da Operação Sem Desconto, que investiga o esquema de cobranças irregulares em aposentadorias e pensões do INSS. A empresária é apontada como próxima de Lulinha e teria mantido relação profissional com o Careca do INSS.


Conforme registros obtidos por meio da Lei de Acesso à Informação (LAI), o lobista esteve cinco vezes no Ministério da Saúde. Em 2024, ele se apresentou em três ocasiões como diretor de uma empresa de telemedicina, sendo que, em uma dessas visitas, estava acompanhado de Roberta Luchsinger. Já em 2025, o Careca do INSS entrou duas vezes no prédio do ministério como presidente da World Cannabis, empresa ligada ao setor de cannabis medicinal.


A Polícia Federal também aponta que Roberta Luchsinger teria atuado em ações de lobby no Ministério da Saúde ao lado do lobista, inclusive representando a mesma empresa em agendas oficiais, o que fundamentou o pedido de medidas judiciais contra a empresária.


Procurados, os citados ainda não se manifestaram publicamente sobre as acusações. A investigação segue em andamento, e a PF ressalta que todos os envolvidos têm direito à ampla defesa e ao contraditório, sendo que eventuais responsabilidades criminais só poderão ser definidas após a conclusão do inquérito e análise do Poder Judiciário.

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