MOSCA-DA-BICHEIRA É DETECTADA PELA PRIMEIRA VEZ EM HUMANO NOS EUA

Por Guia Miraí

Primeiro caso de bicheira-do-Novo Mundo é confirmado nos Estados Unidos

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos Estados Unidos (HHS) confirmou, no último domingo (24), o primeiro caso humano de bicheira-do-Novo Mundo no país. A doença, causada pela larva da mosca-da-bicheira (Cochliomyia hominivorax), é considerada grave por atacar tecidos vivos, alimentando-se da pele de animais e, em casos mais raros, de seres humanos.

De acordo com as autoridades, o caso foi registrado em Maryland e está sendo acompanhado em conjunto pelo Departamento de Saúde estadual e pelo Centro de Controle e Prevenção de Doenças (CDC). O paciente havia retornado recentemente de uma viagem a El Salvador, na América Central, onde possivelmente ocorreu a infecção.

A bicheira-do-Novo Mundo é endêmica em regiões tropicais e subtropicais da América Latina, mas não é comum em território norte-americano. Por isso, o caso acendeu um sinal de alerta nos órgãos de saúde. O parasita já foi alvo de programas de erradicação nos Estados Unidos desde a década de 1960, quando surtos em rebanhos causaram grandes prejuízos à pecuária.

O paciente foi submetido a tratamento médico para a remoção das larvas e passa bem. Segundo o CDC, não há risco de transmissão direta entre pessoas, já que a doença depende do contato com ovos ou larvas depositados pela mosca em feridas abertas na pele.

Especialistas reforçam que, embora raro em humanos, o caso serve de alerta para viajantes que retornam de áreas endêmicas. “É fundamental procurar atendimento médico caso surjam feridas de difícil cicatrização ou sintomas incomuns após viagens a países tropicais”, destacou o órgão em comunicado oficial.

As autoridades sanitárias norte-americanas informaram que continuarão monitorando a situação e não há, até o momento, indícios de que o parasita esteja circulando livremente nos EUA.