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GOLPE DA ORAÇÃO: POLÍCIA CIVIL DESMANTELA QUADRILHA QUE APLICAVA O GOLPE NA EMBAIXADA FLUMINENSE E PASTOR É APONTADO COMO LÍDER DA QUADRILHA

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • 10 de out.
  • 2 min de leitura
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Por Guia Miraí

(Com informações da PCRJ)


Esquema comandado por pastor movimentou R$ 3 milhões em um ano; orações eram produzidas por inteligência artificial e vendidas por até R$ 50


A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, nesta quarta-feira (9), um grupo de 35 pessoas suspeitas de envolvimento em um esquema de estelionato conhecido como “golpe da oração”, que atuava em um call center na cidade de Nilópolis, na Baixada Fluminense. Entre os presos está um pastor evangélico, apontado como o líder da organização criminosa.


De acordo com as investigações, o grupo fazia ligações telefônicas para vítimas em todo o país, oferecendo orações personalizadas em troca de doações financeiras. As supostas bênçãos custavam em média R$ 50 e, segundo a polícia, eram geradas por inteligência artificial, com base em roteiros escritos para simular mensagens religiosas e emocionais.


Como funcionava o golpe?


Os atendentes do call center se passavam por missionários e pastores. Após convencerem as vítimas com discursos religiosos e promessas de “cura espiritual” ou “bênçãos financeiras”, os golpistas solicitavam contribuições via PIX ou boleto bancário, geralmente direcionadas à conta da esposa do pastor que chefiava o grupo.


As investigações revelaram que os funcionários tinham metas de lucro e recebiam comissões proporcionais às doações obtidas. As ligações eram roteirizadas para gerar empatia e confiança, com uso de vozes sintéticas e trechos de orações gerados por ferramentas de IA.


“O grupo estruturou um verdadeiro call center do crime, com divisão de funções, metas de arrecadação e uso de tecnologia para enganar fiéis”, afirmou o delegado responsável pelo caso, em entrevista coletiva.


Segundo a Polícia Civil, o esquema movimentou cerca de R$ 3 milhões em apenas um ano. O dinheiro arrecadado era lavado por meio de contas de familiares e empresas de fachada ligadas ao pastor e a outros líderes do grupo.


A operação, batizada de “Fé Cega”, foi deflagrada após denúncias de vítimas que perceberam a farsa ao identificar mensagens idênticas sendo enviadas para diferentes pessoas. Mandados de prisão e busca e apreensão foram cumpridos em Nilópolis, Duque de Caxias e Nova Iguaçu.


Durante as diligências, os agentes apreenderam computadores, celulares, planilhas com metas de arrecadação e roteiros de “orações automáticas” elaboradas por programas de IA.


Os suspeitos responderão pelos crimes de estelionato, associação criminosa e lavagem de dinheiro. O pastor e a esposa, considerados os principais articuladores, seguem presos preventivamente.


A Polícia Civil também investiga a participação de outros administradores e técnicos que possam ter desenvolvido os softwares usados para gerar as mensagens religiosas falsas.


“Estamos diante de um novo tipo de golpe, que combina manipulação emocional e tecnologia de ponta para enganar as pessoas. É um alerta para que todos desconfiem de qualquer pedido de dinheiro atrelado à fé”, destacou o delegado.


Alerta à população


As autoridades orientam a população a não efetuar transferências financeiras a desconhecidos e desconfiar de ligações que envolvam promessas religiosas, sorteios ou bênçãos mediante pagamento.


Vítimas do “golpe da oração” podem registrar ocorrência em qualquer delegacia de polícia ou pela Delegacia Virtual

 
 
 

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