EMBRIÃO CONGELADO POR 30 ANOS GERA BEBÊ MAIS VELHO DO MUNDO

Por Guia Miraí

Nascimento histórico marca avanço na medicina reprodutiva e emociona casal nos Estados Unidos

Em um acontecimento que surpreendeu a comunidade médica e emocionou o mundo, nasceu no dia 1º de agosto de 2025, nos Estados Unidos, Thaddeus Daniel Pierce, considerado o “bebê mais velho do mundo”. O recém-nascido é fruto de um embrião que permaneceu congelado por 30 anos, desde 1994, tornando-se o mais antigo embrião humano conhecido a resultar em um nascimento com sucesso.

O bebê é filho do casal Lindsey (35 anos) e Tim Pierce (34 anos), que após anos de tentativas frustradas de ter filhos, finalmente realizaram o sonho da paternidade por meio da adoção embrionária.

A Origem do Embrião: Uma História que Começa em 1994

A história remonta a 1994, quando Linda Archerd, então paciente em um tratamento de fertilização in vitro, gerou quatro embriões. Um deles foi utilizado para gerar sua filha biológica, enquanto os outros três foram mantidos congelados em nitrogênio líquido.

Após o divórcio, Linda optou por não descartar os embriões restantes e, ao longo dos anos, arcou com os custos de armazenamento. Eventualmente, ela decidiu doar os embriões por meio de adoção não anônima, prática permitida nos EUA. Através do programa Snowflakes Embryo Adoption, ela conheceu Lindsey e Tim, e os escolheu pessoalmente para receber um dos embriões.

Transferência e Nascimento: Um Feito Médico Inédito

A transferência embrionária foi realizada pela clínica Rejoice Fertility IVF, no estado do Tennessee, um dos poucos lugares que não impõe limite de tempo para o uso de embriões congelados. O nascimento de Thaddeus não representa apenas a realização do sonho de um casal, mas também um marco na história da medicina reprodutiva.

“É inacreditável pensar que nosso filho carrega o DNA de 1994. Ele nasceu em 2025, mas começou sua existência há três décadas. É um milagre da ciência”, afirmou emocionada Lindsey Pierce.

Recorde Mundial e Avanço Científico

O caso supera o recorde anterior de nascimento a partir de embriões congelados, estabelecendo uma nova referência internacional sobre a longevidade viável de embriões humanos. Especialistas afirmam que o feito reforça a segurança dos métodos de criopreservação e pode ampliar as possibilidades para casais com dificuldades reprodutivas em todo o mundo.

Além do simbolismo emocional, o nascimento de Thaddeus Daniel levanta discussões éticas e médicas sobre o futuro da reprodução assistida, a gestão de embriões excedentes e os direitos de doadores e receptores nesse tipo de procedimento.