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CASOS DE HIV AUMENTAM NO BRASIL E ACENDEM ALERTA PARA UMA “ EPIDEMIA SILENCIOSA”

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • 15 de out.
  • 2 min de leitura

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Por Guia Miraí

(Com informações de Hospital Moinhos de Vento e da Organização Mundial da Saúde - OMS)


O Brasil enfrenta um aumento preocupante nos casos de HIV, especialmente na Região Metropolitana de Porto Alegre, no Rio Grande do Sul, onde a prevalência da infecção atingiu 1,64% da população — número 64% acima do limite considerado controlado pela Organização Mundial da Saúde (OMS).


O cenário preocupa especialistas e autoridades de saúde, que veem o avanço da doença como o risco de uma epidemia silenciosa, marcada pela subnotificação e pelo diagnóstico tardio.


Um estudo inédito conduzido pelo Hospital Moinhos de Vento, em parceria com pesquisadores locais, testou 8 mil pessoas na região de Porto Alegre.

O resultado mostrou uma alta taxa de infecção por HIV, com muitos casos ainda sem diagnóstico oficial — o que indica que o número real de pessoas infectadas pode ser bem maior que o registrado.


Essa subnotificação contribui para a propagação silenciosa do vírus, já que muitas pessoas vivem com HIV sem saber e, portanto, sem realizar o tratamento antirretroviral.


A pesquisa aponta que a maioria dos infectados são homens, com idades entre 30 e 59 anos.

Além disso, pessoas em situação de vulnerabilidade social — que enfrentam dificuldades de acesso a serviços de saúde e informação — estão entre os grupos mais afetados.


Fatores como baixa testagem, preconceito e falta de políticas públicas específicas aumentam o risco de disseminação, especialmente em áreas urbanas e periferias.


O tratamento antirretroviral (TARV) é uma das maiores conquistas na luta contra o HIV, permitindo que pessoas infectadas tenham qualidade e expectativa de vida semelhantes às de quem não tem o vírus.


No entanto, ainda há obstáculos importantes:

• Diagnóstico tardio;

• Falta de acesso a métodos preventivos, como a profilaxia pré-exposição (PrEP);

• Falhas nas campanhas de conscientização e testagem;

• Interrupção de tratamentos durante períodos de crise sanitária, como a pandemia de COVID-19.


Esses fatores dificultam o controle efetivo da doença e comprometem as metas globais de redução de novos casos.


Médicos e organizações de saúde alertam para a necessidade urgente de ampliar campanhas de prevenção, incentivar a testagem e garantir o acesso gratuito à PrEP e ao tratamento.


Segundo especialistas, o combate ao HIV precisa ser tratado como uma prioridade de saúde pública contínua, e não apenas durante datas específicas como o Dezembro Vermelho.

Eles reforçam que o silêncio em torno da doença ainda é um dos maiores inimigos da prevenção.


A conscientização continua sendo a principal ferramenta contra o avanço do HIV.

Realizar o teste é rápido, sigiloso e gratuito no Sistema Único de Saúde (SUS), e quanto antes o diagnóstico for feito, maiores são as chances de sucesso no tratamento e de interromper a transmissão.


































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