BARRAGEM EM NÍVEL 2 DE RISCO EXIGE EVACUAÇÃO EM BRUMADINHO MG

Por Guia Miraí

(com informações de Estado De Minas)

A Agência Nacional de Mineração (ANM) determinou a retirada preventiva de 40 pessoas que residem na zona de autossalvamento em Brumadinho, Minas Gerais, devido ao aumento do risco relacionado a uma barragem de rejeitos de minério. A decisão foi tomada após a avaliação da estabilidade da estrutura, que pertence à Emicon Mineração e Terraplanagem.

Localizada na Serra da Conquista, na Região Metropolitana de Belo Horizonte, a barragem de rejeitos, que está situada na sub-bacia do Córrego dos Queiás, passou de um nível 1 para o nível 2 da classificação de risco da ANM. Essa mudança foi determinada após a análise de dados atualizados sobre a estabilidade da estrutura, com base em estudos realizados pela ANM, que identificaram a necessidade de uma ação preventiva.

A classificação de risco da ANM segue uma escala que vai de 1 a 3, em ordem crescente de risco, e a mudança para o nível 2 alertou as autoridades para a necessidade de medidas de precaução. A evacuação foi motivada pela desatualização de documentos relacionados à segurança da barragem, o que levou à determinação da ANM de que os moradores da Zona de Autossalvamento (ZAS) deveriam ser retirados como medida preventiva.

Após a notificação da ANM, a Prefeitura de Brumadinho, com o apoio da Defesa Civil municipal, iniciou o processo de comunicação com os moradores da área de risco, informando-os sobre a necessidade de evacuação. As autoridades locais, juntamente com a Defesa Civil, trabalharam para garantir que os residentes seguissem as instruções de evacuação de forma ordenada.

Apesar da evacuação, a ANM reforçou que, até o momento, “não foram registradas anomalias que indiquem risco iminente de rompimento da barragem”. A decisão de evacuar a área, portanto, tem caráter preventivo, visando garantir a segurança da população local e evitar uma possível tragédia, como a que ocorreu no rompimento da barragem da mineradora Vale em 2019, que causou dezenas de mortes e devastação na região.

O órgão federal também esclareceu que a medida foi adotada devido à falta de documentos atualizados que pudessem garantir a segurança da estrutura, enfatizando que o objetivo é evitar qualquer incidente grave. As autoridades continuam monitorando a situação e garantindo que os moradores sejam acolhidos em locais seguros enquanto as avaliações de segurança da barragem são atualizadas.