ANVISA EMITE ALERTA SOBRE RISCO RARO DE CEGUEIRA ASSOCIADO AO USO DE SEMAGLUTIDA
- GUIA MIRAI
- 14 de jun.
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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) emitiu um alerta nesta quinta-feira (13) sobre um risco raro, porém grave, associado ao uso da semaglutida — princípio ativo presente em medicamentos como Ozempic, Wegovy e Rybelsus, indicados para o tratamento de diabetes tipo 2 e obesidade.
De acordo com o órgão regulador, foram identificados casos de neuropatia óptica isquêmica anterior não arterítica (Noiana), uma condição que pode provocar perda súbita e irreversível da visão. O problema ocorre quando há redução no fluxo sanguíneo para o nervo óptico, comprometendo a visão de forma permanente.
O alerta surge após a Agência Europeia de Medicamentos (EMA) também recomendar a inclusão desse efeito adverso nas bulas dos medicamentos que contêm a substância. A Anvisa seguiu a mesma orientação e determinou que os laboratórios atualizem as informações de segurança.
Apesar de raro, o risco é considerado relevante. Dados internacionais indicam que a condição pode afetar cerca de 1 em cada 10 mil pacientes por ano, sendo o risco ainda maior entre pessoas com diabetes e obesidade. No Brasil, até o momento, foram registradas 52 notificações de possíveis efeitos adversos oculares relacionados à semaglutida.
Em nota, a fabricante dos medicamentos, Novo Nordisk, afirmou que mantém rigoroso monitoramento da segurança de seus produtos, reforçando que os benefícios do tratamento continuam superando os riscos. A empresa também informou que está colaborando com as autoridades para atualizar as bulas conforme as exigências.
A Anvisa orienta que pacientes que utilizam semaglutida fiquem atentos a qualquer alteração súbita na visão, como embaçamento, perda parcial ou total da visão, e que busquem assistência médica imediata caso apresentem esses sintomas. Caso seja confirmada a neuropatia óptica, o uso do medicamento deve ser interrompido.
Apesar do alerta, especialistas destacam que a ocorrência desse tipo de evento é extremamente rara e que a semaglutida segue sendo uma opção segura e eficaz no controle do diabetes tipo 2 e da obesidade, desde que acompanhada de perto por profissionais de saúde.
GUIA MIRAI
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