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Agências Bancárias em Extinção: Brasil Fecha 33% das Unidades em 10 Anos

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • há 14 minutos
  • 2 min de leitura
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Por Guia Miraí


O Brasil vive uma das maiores transformações no setor bancário de sua história. De acordo com dados divulgados pela Federação Brasileira de Bancos (Febraban), o país perdeu um terço de suas agências bancárias entre 2015 e 2025. O número, que era de 23.154 unidades em 2015, caiu para cerca de 15.529 unidades em 2025, uma redução de 33%.


O fenômeno acompanha uma tendência global de digitalização dos serviços financeiros, impulsionada por avanços tecnológicos, mudança no comportamento do consumidor e estratégias de redução de custos adotadas pelas instituições.


Outro dado que chama atenção é o avanço do uso de canais digitais. Segundo a Febraban, 82% de todas as transações bancárias realizadas em 2024 ocorreram por meio de aplicativos e internet banking. Isso consolida o celular como o principal canal de relacionamento entre cliente e banco.


A entidade destaca que os investimentos em tecnologia vêm permitindo ampliar a oferta de serviços, aumentar a eficiência e reduzir custos operacionais — fatores fundamentais para o fechamento em massa de agências físicas.


Embora o setor financeiro defenda a digitalização como um caminho natural e positivo, instituições de defesa do consumidor alertam para riscos da transição acelerada. Entre os principais pontos de preocupação estão:

• Falta de suporte adequado a clientes que têm dificuldades no uso de tecnologias;

• Idosos e comunidades rurais, que dependem de atendimento presencial;

• Diminuição de postos de trabalho decorrente do fechamento de agências;

• Redução da oferta de serviços essenciais em cidades menores.


Especialistas afirmam que a digitalização traz agilidade e conveniência, mas reforçam que a inclusão digital deve ser prioridade.


Entidades como o Procon-BA ressaltam que, apesar do avanço tecnológico, as instituições financeiras têm obrigação de comunicar mudanças com antecedência, garantindo que os clientes não sejam prejudicados.


O órgão enfatiza três medidas essenciais:

1. Transparência nas mudanças de atendimento, como fechamento de agências e alteração de serviços;

2. Manutenção de canais acessíveis — presenciais ou remotos — para consumidores vulneráveis;

3. Garantia de atendimento humano, especialmente para situações que exigem suporte direto.


Segundo o Procon-BA, a digitalização é bem-vinda, mas não pode ocorrer sem planejamento e sem respeito aos direitos do consumidor.


Especialistas apontam que, embora a tendência de fechamento continue, o modelo de agência bancária não desaparecerá por completo. Em vez disso, deve se transformar:

• unidades menores,

• focadas em consultoria financeira,

• atendimento a empresas e

• serviços que exigem presença física.


Com a popularização das fintechs e o fortalecimento dos bancos digitais, a disputa por clientes também deve intensificar a modernização dos serviços oferecidos.

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