MULHER É ESFAQUEADA PELO EX-COMPANHEIRO EM VISCONDE DO RIO BRANCO

Vítima permanece em estado grave; autor está foragido

Um grave episódio de violência doméstica mobilizou autoridades e comoveu a população de Visconde do Rio Branco, na Zona da Mata mineira, na manhã desta terça-feira (27). Uma mulher de 31 anos foi brutalmente esfaqueada em frente à sua casa, no bairro Jardim Alice, em um ataque cometido pelo ex-companheiro, de 35 anos. O crime ocorreu por volta das 8h na Rua Raul de Moura, e a vítima foi encaminhada em estado grave ao Hospital São João Batista, onde passou por uma cirurgia de emergência.

Segundo a Polícia Militar, o agressor estava escondido nas proximidades da residência da vítima e aguardava o momento da abordagem. Após uma discussão, ele desferiu vários golpes com uma faca, atingindo principalmente a região do tórax da mulher. Após o crime, o autor fugiu em um veículo Volkswagen Gol branco.

Imagens captadas por câmeras de segurança da vizinhança mostram o momento da fuga e já estão em posse das autoridades para auxiliar na investigação.

O caso levanta ainda mais preocupação diante do histórico de agressões do suspeito. A vítima já havia registrado boletins de ocorrência por ameaças e agressões anteriores. Além disso, o homem é reincidente no descumprimento de medidas protetivas de urgência, o que evidencia um quadro de violência persistente e falhas na efetividade da proteção legal.

Durante as diligências, a Polícia Militar realizou buscas em diversos endereços associados ao suspeito, incluindo a residência de um familiar. Em contato telefônico com a polícia, o agressor afirmou que não pretende se entregar e que estaria disposto a tirar a própria vida. Até o momento, ele segue foragido, e o rastreamento policial permanece ativo e ininterrupto.

A vítima permanece internada em estado grave, com quadro que inspira cuidados. O caso está sendo investigado como tentativa de feminicídio, crime previsto no Código Penal como forma qualificada de homicídio motivado por gênero.

A Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) deve assumir a condução das investigações, que contarão com o apoio de imagens, relatos de testemunhas e do histórico judicial entre vítima e agressor.

O crime gerou forte comoção na cidade e acende novamente o alerta para a violência de gênero. Entidades de defesa da mulher, autoridades locais e movimentos sociais cobram providências mais efetivas e celeridade na prisão do agressor.

GUIA MIRAI