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ENDIVIDAMENTO ATINGE QUASE 80% DAS FAMILIAS BRASILEIRAS E BATE RECORDE HISTÓRICO

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • há 3 horas
  • 2 min de leitura

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Por Guia Miraí

(Com informações de O Globo)


O endividamento das famílias brasileiras alcançou o maior nível já registrado, com 79,5% das famílias relatando ter dívidas a vencer em outubro, segundo dados da Pesquisa de Endividamento e Inadimplência do Consumidor (Peic), divulgada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).


O número representa o nono mês consecutivo de alta e reflete o impacto da inflação persistente, da queda no poder de compra e do aumento do custo do crédito sobre o orçamento doméstico.


Entre as famílias endividadas, 30,5% afirmaram estar inadimplentes, ou seja, com contas em atraso. Além disso, 13,2% declararam não ter condições de pagar as parcelas pendentes, o que representa o maior índice desde o início da série histórica da pesquisa.


As dívidas mais comuns continuam sendo as de cartão de crédito, seguidas por financiamentos de veículos e empréstimos pessoais. O uso do crédito para cobrir despesas básicas, como alimentação e contas de energia, também tem crescido, de acordo com especialistas.


O aumento do endividamento ocorre em um momento de desaceleração do crescimento econômico e juros ainda elevados. Apesar da recente queda na taxa Selic, o custo do crédito ao consumidor continua alto, dificultando a quitação de débitos antigos e a renegociação de dívidas.


Para muitas famílias, o orçamento segue comprometido com o pagamento de parcelas e contas essenciais. Segundo analistas, a situação tende a melhorar apenas com recuperação do mercado de trabalho e redução consistente dos juros.


Economistas destacam que o crescimento contínuo do endividamento é um sinal de fragilidade financeira das famílias, especialmente das classes de menor renda. A CNC alerta para o risco do superendividamento, quando o consumidor já não consegue cumprir suas obrigações sem comprometer despesas básicas.


Nesse cenário, medidas como educação financeira, planejamento do orçamento familiar e negociação de débitos junto às instituições financeiras tornam-se essenciais para evitar o agravamento da situação.


Apesar do quadro preocupante, há expectativa de que as ações de renegociação de dívidas promovidas por bancos e programas governamentais possam aliviar parte da pressão sobre os consumidores nos próximos meses. Ainda assim, o cenário aponta para a necessidade de políticas econômicas voltadas à renda e ao crédito consciente.

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