Dívida bruta do governo federal avança e atinge 78,6% do PIB em outubro, aponta Banco Central

Por Guia Miraí

A dívida bruta do Governo Federal voltou a crescer e alcançou 78,6% do Produto Interno Bruto (PIB) no mês de outubro, de acordo com dados divulgados pelo Banco Central nesta sexta-feira. O resultado representa um aumento em relação ao mês anterior, quando o indicador estava em 78,1% do PIB.

Esse é o maior patamar registrado desde 2021, ano em que a dívida bruta chegou a 79,5%, impulsionada pelos efeitos econômicos da pandemia de Covid-19. Para especialistas, a trajetória da dívida pública segue como um dos principais desafios para o equilíbrio fiscal do país.

A dívida bruta contempla os débitos acumulados pelos governos federal, estadual e municipal, além das estatais não financeiras. O crescimento do indicador costuma estar relacionado a fatores como aumento de gastos públicos, necessidade de financiamento do Estado e variações na atividade econômica.

Além disso, o Banco Central também destacou que a dívida líquida do governo — que desconta ativos como reservas internacionais — atingiu 65% do PIB, o equivalente a R$ 8,1 trilhões. Apesar de menor que a dívida bruta, esse indicador também apresentou tendência de alta.

A manutenção da política fiscal e o cenário econômico dos próximos meses serão determinantes para a evolução dos números. Analistas ressaltam que reformas estruturais e disciplina nos gastos públicos são essenciais para frear o avanço da dívida e garantir estabilidade financeira no médio e longo prazo.

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