DOENÇA DESCONHECIDA MATA 53 PESSOAS EM 48 HORAS NA ÁFRICA

A Organização Mundial da Saúde (OMS) relatou um surto de uma doença desconhecida na região noroeste da República Democrática do Congo (RDC), resultando em 53 mortes entre 431 casos registrados até o momento.

O surto teve início em 21 de janeiro de 2025, nas vilas de Boloko e Danda, localizadas na província de Equateur. Acredita-se que a origem esteja relacionada a três crianças que consumiram a carcaça de um morcego. Essas crianças apresentaram sintomas graves e faleceram em menos de 48 horas após o início dos sintomas.

Os pacientes afetados exibem sintomas como:

• Febre alta

• Vômitos

• Diarreia

• Dores musculares

• Dores de cabeça

• Fadiga extrema

• Em alguns casos, hemorragia interna e externa

Notavelmente, a doença tem uma progressão rápida, com várias mortes ocorrendo em menos de 48 horas após o aparecimento dos primeiros sintomas.

Testes laboratoriais iniciais descartaram infecções por Ebola e Marburg, duas doenças hemorrágicas conhecidas na região. Algumas amostras testaram positivo para malária, mas os especialistas acreditam que a malária não explica a gravidade e a rapidez das mortes observadas. A OMS está conduzindo investigações adicionais para identificar o agente patogênico responsável.

A localização remota das vilas afetadas e a infraestrutura médica limitada representam desafios significativos para as equipes de resposta. A OMS e o Ministério da Saúde da RDC estão mobilizando recursos para fornecer assistência médica, realizar rastreamento de contatos e implementar medidas de controle de infecção. A população local foi aconselhada a evitar o consumo de animais silvestres, como morcegos, que podem ser reservatórios de patógenos zoonóticos.

Este surto ocorre após um incidente semelhante em dezembro de 2024, quando uma doença com sintomas gripais resultou em 79 mortes em outra região da RDC. Naquela ocasião, a causa foi atribuída a infecções respiratórias agudas agravadas por malária. A OMS destaca que a África tem observado um aumento de mais de 60% em doenças zoonóticas na última década, muitas vezes associadas ao consumo de animais silvestres.

As autoridades de saúde continuam monitorando a situação de perto, enquanto esforços são intensificados para identificar a causa exata do surto e implementar medidas eficazes de controle para prevenir uma propagação mais ampla.

GUIA MIRAI