CRISE NOS CORREIOS: ESTATAL ANUNCIA PLANO EMERGENCIAL - BAIXAR SALÁRIOS E SUSPENDER FERIAS PARA CONTER PREJUÍZO BILIONÁRIO
- GUIA MIRAI
- há 5 minutos
- 2 min de leitura

Os Correios, uma das maiores estatais do Brasil, anunciaram nesta segunda-feira (12) um plano estratégico para tentar reverter a crise financeira que assola a empresa. Em 2024, os Correios fecharam o ano com um prejuízo de R$ 2,6 bilhões, resultado que acendeu um alerta vermelho na gestão e entre os trabalhadores.
De acordo com o documento divulgado internamente e posteriormente confirmado pela estatal, as medidas incluem uma série de ações para cortar custos e melhorar o fluxo de caixa já a partir deste ano. Entre os pontos mais polêmicos está o incentivo à redução da jornada de trabalho — o que, na prática, também significa uma redução proporcional nos salários dos funcionários. A proposta ainda prevê a suspensão temporária das férias dos empregados, como forma de garantir a continuidade dos serviços com um quadro reduzido.
"Estamos diante de um desafio importante: a necessidade de reduzir despesas", afirma o texto oficial do plano. A meta da direção dos Correios é economizar R$ 1,5 bilhão em 2025 caso todas as medidas apresentadas sejam implementadas com sucesso.
O plano atinge diretamente cerca de 86 mil funcionários da empresa, espalhados por todas as regiões do país. A direção da estatal já sinalizou que será necessário o engajamento de todo o corpo de colaboradores para que o pacote de ajustes consiga estabilizar a situação financeira da companhia.
Segundo fontes ligadas à gestão da estatal, a crise é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a queda no volume de correspondências, a forte concorrência no setor de encomendas e logística e o aumento das despesas operacionais. A digitalização dos serviços e a expansão do comércio eletrônico não têm sido suficientes para compensar as perdas em outras áreas tradicionais da empresa.
Representantes dos trabalhadores, por sua vez, já manifestaram preocupação com os impactos sociais do plano. Sindicatos da categoria preparam uma reunião emergencial para discutir os próximos passos e não descartam a possibilidade de mobilizações e paralisações em protesto contra as medidas.
A crise dos Correios reacende o debate sobre o futuro da estatal e sobre a necessidade de reformas estruturais no modelo de gestão da empresa, que já enfrentou ameaças de privatização em anos anteriores. Especialistas apontam que, sem mudanças profundas e investimentos em modernização, a estatal poderá enfrentar ainda mais dificuldades nos próximos anos.
GUIA MIRAI
Comments