top of page
logo branca.png

CPI do INSS mira familia de Romeu Zema, além de Daniel Vorcaro e Leila Pereira em nova leva de requerimentos

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • há 9 horas
  • 3 min de leitura

ree

Por Guia Miraí


A Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que apura suspeitas de fraudes e golpes envolvendo benefícios do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) entrou na reta final antes do recesso parlamentar com uma nova rodada de requerimentos. Entre os nomes incluídos em pedidos de convocação que devem ser apreciados pela comissão estão o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), o banqueiro Daniel Vorcaro e a presidente do Palmeiras, Leila Pereira.


A movimentação ocorre às vésperas da última sessão deliberativa do colegiado antes da pausa no Congresso. Os requerimentos estão programados para votação em sessão na quinta-feira (4/12), segundo a publicação que circula nas redes sociais. Caso aprovados por deputados e senadores, porém, as oitivas e convocações não devem ocorrer de imediato, ficando previstas para fevereiro, quando o Legislativo retoma as atividades.


A CPMI foi instalada para investigar a atuação de organizações e possíveis facilitadores de golpes e fraudes que atingem aposentados e pensionistas, um público frequentemente visado por esquemas envolvendo descontos indevidos, ofertas fraudulentas e operações financeiras suspeitas. Ao incluir novos requerimentos, a comissão sinaliza que pretende aprofundar frentes que vão além da ponta do golpe, avançando para redes de apoio, fluxos financeiros e eventuais conexões políticas ou institucionais.


Os parlamentares apontam que a etapa seguinte da investigação deve reunir agentes que possam esclarecer o papel de instituições financeiras e bancárias — seja por suspeita de participação, seja por deterem informações valiosas para rastrear movimentações e identificar responsáveis.


O presidente da comissão, senador Carlos Viana (Podemos-MG), indicou que fevereiro será dedicado à oitiva de instituições financeiras e bancárias suspeitas de participar de golpes contra beneficiários do INSS — ou que possam contribuir para o avanço das apurações. A estratégia tem como objetivo construir um mapa mais completo do esquema, com atenção a rotas de dinheiro, contratos, autorizações e mecanismos usados para atingir idosos.


Se confirmada essa agenda, o início do ano legislativo deve ser marcado por uma sequência de depoimentos técnicos e políticos, com potencial de aumentar a pressão sobre setores do mercado e sobre figuras públicas citadas nos requerimentos.


Ainda segundo informações divulgadas, Carlos Viana também teria antecipado que pretende coletar assinaturas para apresentar ao presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre (União Brasil-AP), um pedido de prorrogação dos trabalhos por mais 60 dias além do prazo inicial.


A extensão depende de etapas formais:

• Coleta mínima de assinaturas: ao menos 171 deputados e 27 senadores;

• Leitura e publicação do requerimento pelo presidente do Congresso no Diário do Congresso.


Hoje, a previsão mencionada é de que a CPMI encerre seus trabalhos até 28 de março de 2026, e a prorrogação seria uma ferramenta para ajustar o cronograma e ampliar diligências, caso a comissão conclua que ainda há linhas relevantes a investigar.


A inclusão de figuras conhecidas em requerimentos não significa, por si só, comprovação de participação em irregularidades. No rito parlamentar, esses pedidos podem atender a diferentes finalidades: obter esclarecimentos, confrontar versões, verificar eventuais vínculos com investigados, ou aprofundar hipóteses levantadas durante a coleta de informações.


Na prática, se aprovadas as convocações, a CPMI passa a ter a possibilidade de ouvi-los em ambiente formal, com perguntas de parlamentares e registro público do conteúdo — o que dá à comissão maior capacidade de cruzar depoimentos com documentos e dados financeiros.


A votação dos requerimentos na última sessão antes do recesso tende a elevar a temperatura política, principalmente porque:

• o tema envolve proteção de aposentados e pensionistas, pauta sensível e de forte apelo público;

• a comissão pode direcionar holofotes para bancos e instituições em fevereiro;

• eventuais convocações de nomes de alta visibilidade aumentam o potencial de repercussão nacional.


A depender do resultado da votação e do ritmo de fevereiro, a CPMI pode avançar para novas diligências, requisições de informação e cruzamento de dados para sustentar um relatório final com encaminhamentos ao Ministério Público e órgãos de controle.

Comentários


bottom of page