A região da Zona da Mata e Campo das Vertentes está enfrentando uma situação alarmante devido à combinação de uma onda de calor e a ausência prolongada de chuvas. Essas condições têm provocado uma queda significativa nos índices de umidade relativa do ar, exacerbando a sensação de secura e gerando preocupações com a saúde pública e o meio ambiente.
Em São João del Rei, na terça-feira (3), o nível de umidade atingiu apenas 16% durante a tarde, uma condição que pode ser comparada a ambientes desérticos. Para efeito de comparação, o deserto do Saara apresenta níveis de umidade entre 14% e 20%. Embora na quarta-feira (4) o índice tenha mostrado uma leve melhora, alcançando 20% por volta das 14h, o valor ainda está longe do ideal e reflete uma realidade típica de áreas extremamente áridas. Dados semelhantes foram registrados em outros municípios da região, conforme informações do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet).
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a faixa ideal de umidade relativa do ar para o organismo humano situa-se entre 40% e 70%. Valores abaixo de 30% são considerados críticos, podendo trazer sérios prejuízos à saúde, como desidratação, irritação nos olhos, nariz e garganta, e agravamento de doenças respiratórias.
Diante desse cenário preocupante, o Inmet emitiu um alerta amarelo para boa parte de Minas Gerais, incluindo a Zona da Mata e Campo das Vertentes, válido até a quinta-feira (5). Este alerta indica um perigo potencial devido aos baixos índices de umidade do ar, que devem variar entre 20% e 30% nos próximos dias.
Além dos riscos para a saúde, a baixa umidade também aumenta significativamente o perigo de incêndios florestais, que já preocupam as autoridades locais. A população é aconselhada a tomar medidas preventivas, como evitar a exposição prolongada ao sol, manter-se hidratada e evitar a realização de atividades que possam gerar faíscas ou fogo em áreas de vegetação.
Por GUIA MIRAI
( Com informações de G1 Zona da Mata)
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