SUPERMERCADOS TEM FALTA DE TRABALHADORES E RECORREM AO EXÉRCITO BRASILEIRO PARA PREENCHER VAGAS

O setor supermercadista brasileiro está enfrentando um desafio significativo: a escassez de trabalhadores para preencher as 350 mil vagas abertas em todo o país. A crise de mão-de-obra se agrava, principalmente, com a dificuldade de atrair e reter profissionais, o que tem gerado uma grande preocupação entre os empresários do ramo.

Tradicionalmente, os supermercados são considerados uma porta de entrada para o mercado de trabalho, especialmente para os jovens. No entanto, a transformação nas preferências e nas expectativas da geração mais jovem tem levado muitos a optar por ocupações informais, mais flexíveis, em vez de se engajar em trabalhos formais como os oferecidos pelos supermercados.

A alta taxa de desemprego, combinada com a mudança no perfil dos trabalhadores, que busca mais flexibilidade e menos rigidez nas jornadas de trabalho, tem gerado um grande dilema para o setor. O mercado de trabalho também tem sido impactado por novos tipos de ocupações, como as relacionadas ao setor digital, que são mais atraentes para esse público jovem.

Para tentar reverter essa situação, a Associação Brasileira de Supermercados (Abras) firmou uma parceria com o Exército Brasileiro. A proposta visa recrutar jovens que, após a conclusão do serviço militar obrigatório, possam se inserir no mercado de trabalho formal e contribuir para o crescimento e desenvolvimento do setor supermercadista.

A ideia é oferecer oportunidades de crescimento profissional para esses jovens, aproveitando a experiência adquirida no Exército, que se caracteriza por sua disciplina, organização e dedicação. A parceria busca também minimizar a falta de mão-de-obra qualificada, criando uma alternativa viável para a ocupação das vagas e fortalecimento do mercado de trabalho.

Com a promessa de uma jornada de trabalho mais estruturada e a possibilidade de ascensão dentro da empresa, os supermercados buscam reconquistar o interesse dos trabalhadores, especialmente os mais jovens, que agora veem os serviços militares como uma alternativa para o desenvolvimento de suas carreiras.

Embora os desafios ainda sejam muitos, a união entre setores tradicionais como o supermercadista e o poder militar pode sinalizar um novo caminho para resolver a crise de falta de trabalhadores, oferecendo soluções inovadoras para um problema crescente.

GUIA MIRAÍ