SERVIDORAS PÚBLICAS SÃO PRESAS COM SACOLA CHEIA DE MERENDA ESCOLAR NO PARANÁ
- GUIA MIRAI
- há 1 dia
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Por Guia Miraí
(Com informações do G1)
Em uma operação de flagrante realizada no município de Apucarana, no norte do Paraná, três servidoras públicas foram presas sob a acusação de peculato, delito relacionado ao desvio de bens ou valores públicos. O incidente gerou grande repercussão, pois as servidoras são suspeitas de estarem envolvidas em um esquema de desvio de merenda escolar destinada ao sistema educacional municipal.
A prisão ocorreu após uma investigação da Guarda Civil Municipal, que flagrou uma das funcionárias da Escola Municipal Fernando José Acosta carregando sacolas com itens da merenda escolar em uma picape. As autoridades acompanharam a movimentação e, após rastrear os endereços das outras duas servidoras envolvidas, realizaram as prisões, encontrando mais sacolas e produtos escolares.
O caso aconteceu no dia 3 de outubro de 2025 e chamou a atenção devido à natureza do crime, que envolve recursos públicos destinados ao bem-estar de crianças e jovens da cidade. As servidoras foram acusadas de se apropriar de alimentos e outros itens do programa de merenda escolar, que são destinados às escolas para atender aos alunos carentes da região.
Apesar das prisões, os nomes das servidoras envolvidas ainda não foram oficialmente divulgados pelas autoridades. A Prefeitura de Apucarana emitiu um comunicado confirmando que as funcionárias foram afastadas de suas funções assim que a suspeita de peculato foi levantada. A administração municipal também afirmou que, caso as investigações confirmem a acusação, as servidoras serão exoneradas.
Em nota, a Prefeitura declarou: “A administração municipal repudia qualquer ato de desvio de recursos públicos e, assim que tomamos conhecimento do fato, determinamos o afastamento imediato das servidoras envolvidas. As medidas cabíveis serão tomadas, e se a suspeita for confirmada, elas serão exoneradas.”
A Polícia Civil segue com as investigações, que devem aprofundar a análise do esquema de desvio de recursos. Além do peculato, os investigadores buscam entender a extensão do esquema e se há mais pessoas envolvidas no desvio de bens da merenda escolar.
O peculato, crime previsto no Código Penal Brasileiro, pode resultar em penas de 2 a 12 anos de prisão, além de multa, dependendo da gravidade do desvio. As servidoras presas estão sendo aguardadas para a audiência de custódia, onde terão a chance de se defender formalmente das acusações.
Este episódio levanta uma discussão sobre o controle e a fiscalização dos recursos públicos destinados à educação. A merenda escolar é um direito fundamental de crianças em situação de vulnerabilidade social, e o desvio de alimentos que poderiam beneficiar alunos em situação de risco é visto como uma grave violação da confiança pública.
A sociedade de Apucarana, que já vive um momento de crise devido à pandemia e à dificuldade econômica, tem mostrado indignação com o caso. Para muitos, o desvio de recursos destinados à educação é uma forma de roubo duplamente grave, pois prejudica diretamente os alunos que mais necessitam.
Com as servidoras afastadas e a investigação em andamento, espera-se que mais informações sejam reveladas nas próximas semanas. A Prefeitura de Apucarana e as autoridades locais reforçam que agirão com rigor no combate a qualquer ato de corrupção e desvio de recursos públicos.
Este caso é um alerta para a necessidade de mais transparência e fiscalização nos processos administrativos, especialmente em áreas como a educação, que têm impacto direto na vida de milhares de crianças e adolescentes. O Ministério Público do Paraná também está acompanhando o caso e poderá tomar medidas adicionais, dependendo do desenrolar da investigação.
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