SATÉLITE RUSSO “ARCA DE NOÉ ESPACIAL” RETORNA A TERRA COM RATOS E MOSCAS, APÓS MISSÃO BIOLÓGICA COM EXPERIMENTOS VIVOS
- GUIA MIRAI

- 24 de set.
- 2 min de leitura

Por Guia Miraí
Na última sexta-feira, 19 de setembro de 2025, o satélite russo Bion-M nº 2 retornou à Terra após um pouso brusco na cidade de Orenburg, na Rússia. A missão, realizada pela agência espacial russa Roscosmos, teve como objetivo investigar as condições de vida e sobrevivência de seres vivos no espaço, incluindo plantas, microorganismos, e até mesmo animais.
O Bion-M nº 2 foi lançado em 20 de agosto deste ano a bordo do foguete Soyuz-2.1b, e passou quase um mês orbitando a Terra. Durante esse tempo, o satélite transportou uma variedade de “passageiros” que ajudaram os cientistas a entender melhor o impacto da gravidade zero e da radiação cósmica sobre organismos vivos.
A “Arca de Noé” Espacial
O mais curioso desta missão foi a composição da tripulação do satélite: além de células, microorganismos e sementes de plantas, o veículo espacial também transportou 75 ratos e 1,5 mil moscas. Essa diversidade de seres vivos foi incluída para que os cientistas pudessem avaliar os efeitos da microgravidade e da radiação cósmica na saúde de diferentes tipos de organismos, em um experimento que foi apelidado de “Arca de Noé” do espaço.
Logo após a chegada do satélite à Terra, equipes de resgate foram enviadas ao local para retirar os espécimes vivos e realizar exames médicos iniciais. Até o momento, não há informações detalhadas sobre a saúde dos animais que estavam a bordo da missão.
O objetivo principal da missão era investigar como organismos vivos se adaptam a condições extremas no espaço, como a ausência de gravidade e a alta radiação cósmica. Compreender esses fatores é fundamental para o desenvolvimento de futuras tecnologias espaciais, especialmente para garantir a manutenção segura dos astronautas durante missões prolongadas.
Além disso, a missão também buscou entender como as plantas e microorganismos se desenvolvem no espaço, algo essencial para futuras missões de longa duração e a possível exploração de outros planetas. O estudo também envolveu a avaliação de riscos da radiação cósmica e a pesquisa de novas tecnologias biotecnológicas que podem ser aplicadas à exploração espacial.
Outro aspecto interessante da missão foi a participação de alunos russos e bielorrussos, que tiveram a oportunidade de se envolver nos experimentos. Isso foi parte de um esforço para engajar a próxima geração de cientistas em estudos espaciais e biotecnológicos.
Os resultados dessa missão irão fornecer dados cruciais para a melhoria das condições de vida no espaço, com o objetivo de tornar as viagens espaciais mais seguras e sustentáveis no futuro. O entendimento do impacto da radiação cósmica e da microgravidade sobre os organismos vivos pode ser determinante para a criação de ambientes mais adequados para os astronautas, ampliando as possibilidades de exploração espacial e de missões prolongadas.
A missão Bion-M nº 2 reflete o contínuo avanço da ciência espacial russa e sua colaboração com outras nações para o aprimoramento de tecnologias que possam sustentar a vida humana e animal no espaço.
Rússia avança nas fronteiras do espaço com experimentos inovadores em biologia e biotecnologia!









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