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NOVA ESPERANÇA PARA O PLANETA: FUNGOS CAPAZES DE DEGRADAR PLÁSTICOS OFERECEM PROMISSORA SOLUÇÃO CONTRA A POLUIÇÃO

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • há 6 horas
  • 2 min de leitura

Durante uma expedição científica realizada na Floresta Amazônica, mais especificamente no Parque Nacional de Yasuni, no Equador, pesquisadores da Universidade de Yale fizeram uma descoberta que pode representar um avanço significativo no combate à poluição plástica. A equipe encontrou fungos endófitos – organismos que vivem dentro das plantas – com a habilidade de degradar o poliuretano, um dos plásticos mais resistentes à decomposição.


Dentre as várias espécies de fungos isolados, o que mais chamou atenção foi o Pestalotiopsis microspora. Esse fungo demonstrou uma impressionante capacidade de consumir plástico, até mesmo em ambientes sem oxigênio, como as camadas profundas de aterros sanitários. Esse tipo de degradação, que ocorre de maneira surpreendente em locais com a presença de materiais que normalmente resistem à decomposição, abre novas perspectivas para o tratamento e gerenciamento de resíduos plásticos.


A pesquisa foi publicada na revista Applied and Environmental Microbiology e revelou que algumas cepas do Pestalotiopsis microspora foram capazes de degradar completamente o poliuretano presente em placas de cultura, utilizando o material plástico como única fonte de carbono. Esse processo é viabilizado pela ação de enzimas, como as serina-hidrolases, que quebram as cadeias do polímero em moléculas menores. Essas pequenas moléculas são então absorvidas e metabolizadas pelo fungo.


Essa descoberta representa um grande passo em direção à bioremediação, uma tecnologia que utiliza organismos vivos para eliminar ou neutralizar poluentes do meio ambiente. No caso do plástico, que possui uma decomposição natural extremamente lenta ou até inexistente em muitos ecossistemas, o uso desses fungos pode oferecer uma solução eficiente e sustentável.


Apesar do enorme potencial revelado, os pesquisadores alertam que ainda são necessários testes em escala industrial para validar a viabilidade da aplicação do Pestalotiopsis microspora fora de um ambiente controlado de laboratório. Caso esses testes sejam bem-sucedidos, o fungo pode se tornar uma ferramenta valiosa na luta contra a poluição plástica, especialmente em áreas onde o acúmulo de resíduos de plástico é um desafio ambiental crescente.


Essa pesquisa abre caminhos para a exploração de soluções biológicas inovadoras no tratamento de resíduos e poluição, oferecendo uma esperança real para o futuro do planeta. Embora a luta contra o plástico ainda exija múltiplas abordagens, o Pestalotiopsis microspora já surge como um aliado promissor nesse enfrentamento.


A descoberta não apenas gera entusiasmo entre cientistas, mas também é um sinal de que a natureza pode fornecer soluções para problemas criados pelo próprio homem. Se bem-sucedida, essa aplicação pode ser um marco no desenvolvimento de tecnologias verdes e na redução dos impactos ambientais causados pelo uso excessivo de plásticos.


GUIA MIRAÍ

(com informações da Revista Applied and Environmental Microbiology)

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