top of page
logo branca.png

MINERAÇÃO ILEGAL DEIXA RASTRO DE DESTRUIÇÃO NA TERRA INDÍGENA KAYAPÓ

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • 17 de jul.
  • 2 min de leitura

Vídeo do Ibama revela clareiras, rios barrentos e solo devastado em área protegida pela União

ree

Por GUIA Miraí

(Com informações de Folha de São Paulo)


Imensas clareiras abertas em meio à floresta, cursos d'água transformados em lama barrenta e o solo completamente revirado. O cenário de devastação na Terra Indígena (TI) Kayapó, no sul do Pará, exposto em vídeo divulgado nesta semana pelo Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), evidencia a dimensão do impacto causado pelo garimpo ilegal na região.


As imagens foram registradas durante operações de desintrusão — ações coordenadas pelo Ibama em conjunto com a Força Nacional e a Polícia Federal para a retirada de invasores da TI, uma das mais afetadas pela mineração ilegal no Brasil. A devastação ambiental, resultado de anos de exploração clandestina, compromete a fauna, a flora e a qualidade da água consumida pelas comunidades indígenas.

De acordo com o Ibama, os agentes localizaram áreas recém-exploradas, com vestígios de equipamentos de garimpo, pistas clandestinas de pouso e acampamentos improvisados. “O objetivo é não apenas remover os invasores, mas impedir o retorno dessas atividades criminosas, garantindo a proteção do território e a segurança dos povos indígenas”, destacou o órgão em nota.


A Terra Indígena Kayapó ocupa cerca de 3,2 milhões de hectares e é lar de diversas aldeias Kayapó, que há décadas denunciam a presença de garimpeiros ilegais. Apesar das frequentes operações, o garimpo persiste, alimentado por redes criminosas que financiam a extração de ouro e outros minérios.


A exposição das imagens reforça a gravidade da situação e a necessidade de ações permanentes de fiscalização. “Cada clareira aberta representa um dano irreversível ao ecossistema. As consequências vão além da destruição ambiental — afetam diretamente a saúde e a cultura das populações indígenas”, alerta o presidente do Ibama, Rodrigo Agostinho.


O governo federal, por meio do Ministério dos Povos Indígenas e do Ministério do Meio Ambiente, tem reiterado o compromisso com o combate ao garimpo em terras indígenas. Contudo, lideranças Kayapó cobram mais rigor e presença contínua do Estado na região.


O caso da TI Kayapó é um retrato do desafio nacional no enfrentamento da mineração ilegal na Amazônia — uma atividade que não só ameaça a floresta, mas também os direitos dos povos originários e o equilíbrio climático global.

Comentários


bottom of page