GOVERNADOR ROMEU ZEMA DEFENDE PRIVATIZAÇÃO DA COPASA COMO UM PROCESSO TRANSPARENTE E NECESSÁRIO
- GUIA MIRAI
- 7 de out.
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Por Guia Miraí
Em meio à pressão da oposição e de acusações de favorecimento ao mercado financeiro, o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), se posicionou sobre o processo de privatização da Copasa, empresa responsável pelo abastecimento de água e tratamento de esgoto no estado. A decisão de privatizar a companhia tem gerado polêmica, com alegações de que Zema estaria pressionando deputados estaduais para que aprovassem a venda com o objetivo de beneficiar interesses privados.
Em uma fala recente, o governador garantiu que a venda da Copasa está sendo conduzida de forma totalmente transparente. Segundo Zema, o processo não possui nenhum componente de sigilo ou favorecimento. O executivo afirmou que, quando o processo de venda for iniciado oficialmente, será conduzido com total abertura, com a empresa sendo colocada à venda através de leilão na B3, a Bolsa de Valores de São Paulo. De acordo com ele, “o maior lance é que vai levar”, sublinhando que o processo será justo e aberto para todas as partes interessadas.
Zema defendeu que a venda da estatal é uma necessidade para o estado de Minas Gerais, uma vez que os recursos provenientes da privatização serão utilizados para o pagamento de dívidas do governo e para acelerar o processo de “universalização” do fornecimento de água e tratamento de esgoto. O governador também destacou que a privatização permitirá melhorias no sistema de saneamento de Minas, o que, segundo ele, será realizado de forma mais eficiente do que a Copasa, por ser uma empresa estatal com uma burocracia mais rígida.
“O processo de privatização vai acelerar a expansão do saneamento. Ao ser privatizada, a empresa poderá investir mais rápido e de forma mais eficaz, sem a burocracia que acompanha uma estatal”, afirmou Zema, defendendo que, com a privatização, Minas Gerais terá um sistema de água e esgoto mais moderno e eficiente, sem as limitações estruturais enfrentadas pela Copasa.
A privatização da Copasa tem sido um tema polêmico dentro da Assembleia Legislativa de Minas Gerais, com grupos de oposição argumentando que a venda da empresa não é a melhor solução para o estado e que ela pode gerar um descontrole nos serviços prestados à população. Contudo, Zema reafirma que a medida é essencial para reequilibrar as finanças públicas e garantir que o estado consiga atender à demanda de saneamento, principalmente nas áreas mais carentes.
Além de se manifestar sobre os benefícios da privatização para o saneamento e a economia do estado, o governador também sublinhou a necessidade da venda para evitar o crescimento da dívida pública de Minas Gerais. Zema afirmou que, caso o processo não avance, o estado poderá enfrentar dificuldades ainda maiores no futuro, afetando a capacidade do governo de atender às suas obrigações fiscais.
A fala do governador ocorre logo após a divulgação de mais detalhes sobre o processo de privatização e o agendamento de uma série de ações voltadas para a implementação das mudanças previstas para o sistema de saneamento. O governo de Minas já planeja um cronograma para a transição da Copasa para a gestão privada, que incluirá medidas para garantir a continuidade dos serviços sem grandes impactos à população.
Enquanto isso, a oposição segue questionando a legitimidade da privatização e se mobiliza para buscar alternativas que garantam o controle público sobre os serviços essenciais de água e esgoto. Resta saber se a Assembleia Legislativa de Minas Gerais seguirá a linha do governador ou se novos impasses irão surgir no processo.
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