ECONOMIA GLOBAL CAMINHA PARA PIOR DÉCADA DESDE 1960, DIZ BANCO MUNDIAL
- GUIA MIRAI
- 10 de jun.
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Relatório aponta guerra comercial e aumento das tarifas como principais fatores da desaceleração; projeção para 2025 é de crescimento de 2,3%
O crescimento da economia global está a caminho de registrar sua década mais fraca desde os anos 1960, segundo novo relatório divulgado nesta terça-feira (10) pelo Banco Mundial. A instituição reduziu sua projeção de crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) global para 2,3% em 2025, frente aos 2,7% estimados em janeiro.
De acordo com o relatório, o principal fator por trás da desaceleração é o impacto prolongado da guerra comercial iniciada durante o governo do ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, que elevou tarifas sobre diversos parceiros comerciais. A continuidade dessas barreiras comerciais e a incerteza resultante vêm afetando o comércio internacional, os investimentos e a confiança empresarial.
“O aumento acentuado nas tarifas e a incerteza resultante estão contribuindo para uma desaceleração generalizada do crescimento e deterioração das perspectivas na maioria das economias mundiais”, destacou o Banco Mundial.
A nova previsão indica que, excluindo os anos de recessão global — 2009, após a crise financeira, e 2020, com o impacto da pandemia —, 2025 será o ano com o crescimento mais fraco da economia mundial nos últimos 17 anos.
Além das tensões comerciais, o relatório cita tendências estruturais que agravam a situação, como o crescimento da dívida pública, a baixa produtividade e o envelhecimento populacional em várias regiões do mundo.
A desaceleração afeta tanto países ricos quanto em desenvolvimento. Segundo o Banco Mundial, quase 70% das economias globais tiveram suas previsões de crescimento rebaixadas, com impacto nas Américas, Europa, Ásia e África.
A instituição alertou ainda que, sem reformas estruturais e maior cooperação internacional, o mundo pode entrar em um ciclo prolongado de baixo crescimento, com impactos diretos especialmente para as populações mais vulneráveis.
GUIA MIRAI
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