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COMPOSTO QUÍMICO LIGADO AO CÂNCER (BPA) É ENCONTRADO EM CHUPETAS VENDIDAS NO BRASIL

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • há 3 horas
  • 2 min de leitura
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Por Guia Miraí


Uma análise internacional revelou a presença do bisfenol A (BPA) — substância química associada a doenças hormonais e câncer — em chupetas de grandes marcas europeias e asiáticas comercializadas no Brasil. O estudo identificou o composto em produtos das marcas Curaprox (Suíça), Sophie la Girafe (França), Philips Avent (Holanda) e Saidah Baby Products (China).


O BPA é proibido em produtos infantis no Brasil desde 2012, conforme resolução da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). A norma impede a venda de mamadeiras, copos e chupetas que contenham o composto em sua formulação, devido ao risco de migração do plástico para o corpo humano.


Apesar disso, os testes apontaram a presença da substância em produtos rotulados como “sem BPA” ou “feitos de borracha natural”, o que configura uma grave irregularidade.


Os testes foram conduzidos pela dTest, órgão oficial da Associação Tcheca de Consumidores, e seguiram protocolos científicos rigorosos. As chupetas foram submetidas a condições semelhantes às de uso real por um bebê: cada unidade foi imersa em uma solução de saliva artificial a 37 °C por 30 minutos. O líquido resultante foi, então, analisado em laboratório para medir a liberação de compostos químicos.


Os resultados foram alarmantes: três das quatro marcas testadas liberaram bisfenol A durante o experimento.


O BPA é uma substância usada na fabricação de plásticos e resinas, especialmente no policarbonato, e é conhecida como um disruptor endócrino — isto é, pode interferir no funcionamento hormonal do organismo.

Pesquisas apontam que a exposição prolongada ao composto pode estar associada a problemas de fertilidade, alterações neurológicas, distúrbios metabólicos e aumento do risco de câncer, incluindo o de mama e o de próstata.


Em crianças, os efeitos são ainda mais preocupantes, já que o sistema endócrino está em desenvolvimento e pode sofrer danos irreversíveis mesmo com pequenas doses.


Com a divulgação dos resultados, especialistas em saúde pública e defesa do consumidor pedem que a Anvisa e o Procon investiguem a presença de BPA nos produtos importados e reforcem a fiscalização sobre a rotulagem das marcas envolvidas.


A Anvisa ainda não se manifestou oficialmente sobre o caso, mas a legislação brasileira prevê sanções severas para empresas que comercializem produtos infantis com substâncias proibidas.


Orientação aos pais


Profissionais de saúde recomendam que os pais verifiquem a procedência e certificação dos produtos infantis, priorizando marcas com registro ativo na Anvisa e com testes de segurança reconhecidos.

Em caso de dúvida, é indicado substituir as chupetas por novas unidades e evitar o uso de produtos sem identificação clara da composição.

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