CASAL É CONDENADO A MAIS DE 70 ANOS DE PRISÃO POR ABUSO SEXUAL DE CRIANÇAS EM TRÊS MARIAS MG
- GUIA MIRAI

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Por Guia Miraí
Um casal foi condenado a penas que ultrapassam 70 anos de prisão por uma série de crimes sexuais cometidos contra crianças e adolescentes no município de Três Marias, Região Central de Minas Gerais. A sentença foi proferida pela Justiça na terça-feira (18), após meses de investigação e coleta de provas que revelaram um esquema contínuo de abusos, exploração sexual e produção de pornografia infantil.
De acordo com a investigação, os crimes foram praticados ao longo de três anos, entre 2021 e 2024. As vítimas — cinco crianças e adolescentes — eram atraídas para a residência do casal por meio da oferta de presentes, dinheiro, refeições, serviços e apoio material. As autoridades apontam que os envolvidos se aproveitavam da vulnerabilidade social e emocional das vítimas para manter a prática criminosa.
Além dos abusos, parte dos atos era registrada em vídeos e fotografias, posteriormente armazenados em celulares e outros dispositivos eletrônicos. As provas apreendidas foram fundamentais para comprovar a continuidade, a violência e a manipulação psicológica exercida sobre as vítimas.
A Justiça registrou que o casal praticou múltiplos e reiterados crimes, entre eles:
• Estupro de vulnerável
• Estupro mediante grave ameaça
• Exploração sexual de menores
• Produção, divulgação e armazenamento de pornografia infantil
As autoridades também enfatizaram que havia uso indevido de autoridade, extrema violência e manipulação emocional para intimidar as vítimas e evitar denúncias.
Na decisão, o juiz responsável destacou a gravidade das condutas e o impacto psicológico duradouro causado às vítimas. Em razão disso, além das penas de prisão, foi determinado que cada um dos quatro jovens identificados oficialmente como vítimas deverá receber uma indenização mínima de 50 salários-mínimos, como forma de reparação pelos danos morais sofridos.
O episódio reforça a importância de ações de proteção à infância, especialmente em regiões onde parte da população vive em situação de alta vulnerabilidade social. Autoridades locais e entidades de proteção à criança destacam que denúncias anônimas, participação da comunidade e políticas de assistência social podem ser decisivas para prevenir casos semelhantes e identificar vítimas antes que os abusos se prolonguem.









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