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BANCO ITAÚ ANUNCIA FECHAMENTO DE 227 AGÊNCIAS E GERA PREOCUPAÇÃO EM CIDADES MENORES E REGIÕES RURAIS

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • há 2 horas
  • 2 min de leitura

Por Guia Miraí


O Banco Itaú confirmou o fechamento de 227 agências em todo o Brasil em 2025, como parte de um processo de reestruturação no setor

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bancário. A decisão, tomada devido à queda no número de clientes presenciais e ao aumento do uso de canais digitais, como aplicativos e internet banking, tem gerado preocupações em diversas regiões, especialmente nas cidades menores e áreas rurais do país.


De acordo com a instituição, o fechamento de agências faz parte de uma estratégia para adaptar o banco à nova realidade do mercado, onde a digitalização tem se mostrado cada vez mais predominante. No entanto, a medida levanta questões sobre o acesso desigual aos serviços bancários, principalmente em localidades onde a infraestrutura de internet ainda é limitada.


Em muitas regiões mais afastadas, como o interior de Minas Gerais, Bahia e outras áreas rurais, a dependência dos clientes dos serviços bancários presenciais é alta. Com a diminuição das agências físicas, muitos clientes, especialmente idosos e pequenos comerciantes, podem enfrentar dificuldades para realizar transações essenciais. Para essas populações, a internet nem sempre é uma opção viável, o que coloca esses grupos em situação de vulnerabilidade.


O fechamento das agências não afeta apenas os serviços bancários diretos, mas também o comércio local e o pagamento de benefícios sociais. Cidades menores, que têm uma economia fortemente vinculada à presença de agências bancárias, podem sofrer um impacto econômico considerável. Com o fechamento das agências, as dificuldades para gerenciar negócios locais e o pagamento de benefícios, como aposentadorias e pensões, podem aumentar.


A medida também levanta preocupações sobre o impacto no emprego. O fechamento das agências será acompanhado de demissões, o que afetará diretamente trabalhadores do setor bancário. Em muitos municípios, as agências não são apenas pontos de atendimento, mas também geram empregos e movimentam a economia local. A saída dessas unidades do Itaú pode reduzir ainda mais as opções de trabalho nessas regiões.


O fechamento de agências reflete uma tendência crescente no setor bancário, que busca se modernizar e atender à demanda por soluções mais rápidas e eficientes. No entanto, a migração para o digital não deve ser feita sem considerar a realidade de muitas pessoas que ainda enfrentam dificuldades de acesso à internet e à tecnologia.


Para que a digitalização dos serviços bancários seja eficaz, é necessário que os bancos adotem medidas que garantam a inclusão digital de todas as camadas da população, incluindo a criação de alternativas para quem não tem acesso fácil à tecnologia.


O Banco Itaú, por meio de sua reestruturação, está alinhado com uma tendência global de digitalização, mas as implicações locais dessa mudança precisam ser cuidadosamente avaliadas para não deixar de fora aqueles que ainda dependem das agências físicas.


O fechamento das 227 agências do Itaú é uma medida estratégica, mas que traz à tona a questão da desigualdade no acesso aos serviços bancários. Enquanto as grandes cidades estão cada vez mais adaptadas ao digital, as áreas mais afastadas do Brasil precisam de alternativas para garantir que todos os cidadãos tenham acesso aos serviços financeiros de forma justa e acessível.

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