Informação foi divulgada nesta segunda-feira (26) na plataforma da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais.
Juiz de Fora chegou nesta segunda-feira (26) ao 10º caso confirmado de varíola dos macacos em humanos. A informação foi divulgada no boletim diário da Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG).
Ao g1, a Secretaria de Saúde de Juiz de Fora afirmou que todos os casos foram confirmados pela Fundação Ezequiel Dias (Funed) e são importados. O paciente segue em isolamento domiciliar, com bom estado de saúde e é monitorado pela Vigilância Epidemiológica do município.
Até o momento, a Zona da Mata contabilizou 13 casos confirmados da doença. São eles: Juiz de Fora (10), Cataguases (1) e Carangola (1) e Ubá (1). Além disso, São João del Rei registrou o primeiro caso confirmado no Campo das Vertentes.
No informativo diário da SES-MG nesta segunda-feira constam 472 casos confirmados em Minas Gerais.
Transmissão para cachorro
No mês passado, a SES-MG divulgou o primeiro caso de varíola dos macacos em um cachorro em Juiz de Fora. Ele também foi o primeiro registro positivo em animais no Brasil.
O g1 conversou com o dono cão, que é da raça Shih-Tzu e tem 5 meses, que relatou os sintomas e como foi feito o tratamento do animal. Nesta semana o animal recebeu alta após análise veterinária.
Existem outros dois relatos no mundo, nos Estados Unidos e na França, em que a potencial transmissão de humano a animal está sendo estudada.
O que é a varíola dos macacos?
A varíola dos macacos é uma doença viral rara transmitida pelo contato próximo com uma pessoa infectada.
A transmissão pode ocorrer pelas seguintes formas:
por contato com o vírus: com um animal, pessoa ou materiais infectados, incluindo através de mordidas e arranhões de animais, manuseio de caça selvagem ou pelo uso de produtos feitos de animais infectados. Ainda não se sabe qual animal mantém o vírus na natureza, embora os roedores africanos sejam suspeitos de desempenhar um papel na transmissão da varíola às pessoas;
de pessoa para pessoa: pelo contato direto com fluidos corporais como sangue e pus, secreções respiratórias ou feridas de uma pessoa infectada, durante o contato íntimo – inclusive durante o sexo – e ao beijar, abraçar ou tocar partes do corpo com feridas causadas pela doença. Ainda não se sabe se a varíola do macaco pode se espalhar através do sêmen ou fluidos vaginais;
por materiais contaminados que tocaram fluidos corporais ou feridas, como roupas ou lençóis;
da mãe para o feto através da placenta;
da mãe para o bebê durante ou após o parto, pelo contato pele a pele;
úlceras, lesões ou feridas na boca também podem ser infecciosas, o que significa que o vírus pode se espalhar pela saliva.
Vacina e medicamento liberados
A Anvisa aprovou no final de agosto a liberação para uso da vacina Jynneos/Imvanex contra a varíola dos macacos (monkeypox) e do medicamento tecovirimat para o tratamento da doença no Brasil.
Para conceder as aprovações, a agência analisou dados da Agência Europeia de Medicamentos (EMA) e da Agência Americana (FDA).
A dispensa temporária e excepcional se aplica somente ao Ministério da Saúde e terá validade de seis meses, desde que não seja expressamente revogada pela Anvisa.
Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), o imunizante já está aprovado nos Estados Unidos, Canadá e União Europeia.
GUIA MIRAI por G1.
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