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TIROTEIO NO CARNAVAL DE RIO POMBA: MP DENUNCIA 7 SUSPEITOS E PENAS PODEM SUPERAR 100 ANOS DE PRISÃO

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • 30 de abr.
  • 2 min de leitura

O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou sete homens pelo violento tiroteio ocorrido durante o carnaval deste ano em Rio Pomba, na Zona da Mata, que resultou na morte da jovem Luciane dos Santos Marques e deixou outras 15 pessoas feridas. A tragédia, que chocou a população, teve como pano de fundo uma disputa territorial entre facções criminosas rivais pelo controle do tráfico de drogas na cidade de Ubá, a cerca de 38 quilômetros do local do crime.


Segundo o MP, dos sete denunciados, seis já estão presos e um permanece foragido. A investigação revelou que dois dos envolvidos pertencem a uma facção criminosa conhecida da região, enquanto os outros cinco fazem parte de um grupo rival. As acusações incluem associação para o tráfico de drogas, tráfico de drogas, homicídio consumado triplamente qualificado, homicídio tentado triplamente qualificado, porte ilegal de armas de fogo de uso permitido e restrito, além de falsa identidade atribuída a um dos denunciados. As penas somadas podem ultrapassar 100 anos de prisão.


O promotor de justiça responsável pelo caso, Breno Costa da Silva Coelho, foi enfático ao afirmar que as investigações esclareceram a motivação do crime. "Conseguimos deixar bem claro que aquele tiroteio decorreu de uma rivalidade de grupos criminosos. Eles se encontraram nas festividades e, sem qualquer consideração com a vida dos outros, trocaram tiros em meio à população. A troca de tiros vitimou tanto eles, já que atiraram entre si, como também mais 15 pessoas que sobreviveram e a jovem que morreu", declarou.


Luciane dos Santos Marques, vítima fatal do episódio, não tinha qualquer ligação com os criminosos. A estudante foi atingida durante o fogo cruzado e morreu no local.


Prisões e provas


Dois dos suspeitos, Jalie Fernando Araújo Faria, de 26 anos, e João Pedro Braz da Cruz de Oliveira Castro, de 24, foram presos em flagrante no dia do crime e permanecem no sistema prisional. O delegado Douglas Motta, responsável pela investigação, destacou que a perícia balística confirmou que projéteis recolhidos no local partiram da arma apreendida com Jalie.


Poucos dias depois, outros quatro homens foram detidos durante uma operação policial realizada em uma residência no Bairro Mangueira Rural, em Ubá. O imóvel era utilizado como ponto de venda e armazenamento de drogas. No local, foram apreendidas grandes quantidades de entorpecentes, armas de fogo, materiais para fabricação de lança-perfume, além de computadores e celulares.


A promotora Shermila Peres Dhingra ressaltou que as provas eletrônicas foram fundamentais para o avanço das investigações. "A apreensão dos eletrônicos foi determinante para chegar com muita tranquilidade na autoria deles, porque conseguimos, pelo contexto das mensagens, entender a dinâmica do crime, quem estava lá, a motivação — então tudo isso estava muito claro", afirmou.


Pedido de indenização milionária


Além das acusações criminais, o Ministério Público requereu na denúncia que cada um dos sete suspeitos pague indenização por danos morais no valor de R$ 1 milhão. Os valores, se aprovados pela Justiça, serão revertidos para as vítimas, seus familiares e o Fundo Penitenciário do Estado de Minas Gerais.


O caso, que trouxe insegurança e revolta para a população da Zona da Mata mineira, segue agora para julgamento. Enquanto isso, o MP e a Polícia Civil mantêm esforços para localizar e prender o foragido.


GUIA MIRAI

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