PNEUMONIA SILENCIOSA: DOENÇA POUCO PERCEPTÍVEL PREOCUPA MÉDICOS E PAIS
- GUIA MIRAI
- 4 de jun.
- 2 min de leitura

Uma forma menos perceptível de pneumonia, conhecida como "silenciosa" ou pneumonia atípica, tem gerado preocupação entre médicos e pais. Embora inicialmente discreta, a doença pode evoluir para quadros graves se não for diagnosticada e tratada adequadamente, principalmente em crianças.
Diferentemente da pneumonia “típica” — causada pela bactéria Streptococcus pneumoniae e marcada por sintomas como febre alta, tosse intensa e dor no peito —, a pneumonia silenciosa se manifesta de maneira mais sutil. “Em muitos casos, os sinais aparecem apenas nos estágios mais avançados da infecção, o que aumenta o risco de hospitalização”, alerta a pneumologista Marcela Costa Ximenes, da Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia (SBPT).
Segundo especialistas, pais e responsáveis devem ficar atentos a alguns sintomas menos evidentes que podem indicar infecção pulmonar:
Dificuldade para se alimentar;
- Falta de disposição para brincar ou realizar atividades cotidianas;
- Chiado no peito;
- Retração das costelas ao respirar;
- Diminuição da vontade de urinar;
- Episódios de febre baixa.
Esses sinais, ainda que sutis, podem ser indícios de que a infecção já está comprometendo a função pulmonar, exigindo avaliação médica.
A pneumonia silenciosa é frequentemente provocada por microrganismos como Mycoplasma pneumoniae, Chlamydophila pneumoniae e alguns vírus respiratórios, incluindo os da influenza e o coronavírus Sars-CoV-2, responsável pela Covid-19. “Apesar do nome, a patologia é a mesma da pneumonia típica”, esclarece a pneumologista. “Não se trata de uma nova variante ou de uma doença diferente.”
No Brasil, a pneumonia não é considerada uma doença de notificação obrigatória, o que dificulta a obtenção de dados confiáveis sobre sua real incidência — especialmente nos casos atípicos. Além disso, a escassez de exames laboratoriais capazes de identificar com precisão o agente causador da infecção dificulta o diagnóstico e o tratamento direcionado. “Ainda precisamos avançar muito na detecção e notificação de casos para compreender a dimensão real do problema”, reforça a especialista.
Diante desse cenário, médicos e autoridades de saúde recomendam que pais fiquem atentos a quaisquer sinais de infecção respiratória nos filhos. Um diagnóstico precoce pode evitar complicações e reduzir a necessidade de hospitalizações, contribuindo para a recuperação mais rápida e segura das crianças.
GUIA MIRAI
(Com informações de Agência Einstein)
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