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Foto do escritorGUIA MIRAI

MAIS DE 70% DE MINAS GERAIS ENFRENTARÁ FALTA DE ÁGUA E SANEAMENTO PRECÁRIO DEVIDO A MUDANÇAS CLIMATICAS


Minas Gerais enfrenta um futuro marcado por desafios graves relacionados ao clima e ao saneamento básico. Uma projeção inédita do Instituto Trata Brasil, divulgada em 19 de novembro, alerta que eventos como o rompimento da barragem da Lagoa do Nado, em Belo Horizonte, ocorrido no dia 13, podem se tornar cada vez mais comuns até 2050.


O estudo indica que, com as temperaturas podendo subir até 4ºC e padrões climáticos extremos – como ondas de calor intercaladas com tempestades intensas – os sistemas de drenagem, tratamento de esgoto e distribuição de água potável estão em risco de colapso em grande parte do Estado. Esses eventos extremos geram dois cenários complementares e preocupantes:


Escassez de água potável durante períodos prolongados de calor extremo.


Contaminação dos mananciais devido ao transbordamento de sistemas de esgoto durante tempestades.


A pesquisa estima que, até 2050, 70% a 90% dos municípios mineiros enfrentarão risco alto ou muito alto de problemas relacionados ao saneamento:


Concentração de resíduos nas fontes de água: ameaça em 72% das cidades.


Redução na eficiência do tratamento de água: problema previsto para 78% dos municípios.


Desabastecimento de água potável: risco em 79% das localidades.


Deterioração do tratamento de esgoto: problema em 91% das cidades, o que representa entre 614 e 776 municípios.


Esses dados reforçam a vulnerabilidade de Minas Gerais frente às mudanças climáticas. A população pode enfrentar crises hídricas severas, com racionamento de água e aumento na incidência de doenças relacionadas à contaminação da água. Além disso, os custos para manter e expandir sistemas de saneamento em um contexto climático adverso podem se tornar inviáveis para muitas cidades.


Especialistas recomendam:


1. Investimento em infraestrutura resiliente, com sistemas de drenagem adaptados a eventos extremos.

2. Ampliação do tratamento de esgoto e reuso de água, para garantir segurança hídrica.

3. Educação e políticas públicas integradas, para reduzir o desperdício de água e proteger os mananciais.


O relatório do Instituto Trata Brasil destaca que a janela para ação está se fechando rapidamente. Sem medidas preventivas robustas, os impactos projetados podem colocar em risco a qualidade de vida de milhões de pessoas no estado.


GUIA MIRAI

(com informações de O Tempo)

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