Um clima tenso foi registrado na manhã desta quarta-feira (11) em Juiz de Fora, na Zona da Mata, entre a Polícia Militar e apoiadores do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do presidente Jair Bolsonaro (PL). O petista está em agenda no município para lançcamento da pré-candidatura, como fez em Belo Horizonte e Contagem, e participa de evento com lideranças políticas e militantes. O caso aconteceu nas proximidades do aeroporto de Juiz de Fora, onde Lula desembarcou. Nas imagens publicadas nas redes sociais, bolsonaristas vestidos com a bandeira do Brasil estão em uma praça e na frente deles aparece um policial militar. A pouco metros, estão lulistas vestidos de vermelho. O grupo é pequeno dos dois lados. A agente ainda é visto apontando uma arma para os militantes do PT e pede que eles se afastem dos bolsonaristas. “Estou dando uma ordem”, disse.
Na sequência, os petistas reclamam do tratamento dado pela PM e pedem que a arma seja abaixada. “Estamos em uma manifestação pacífica, a praça é pública. Não precisa de arma”, declarou.
Segundo o assessor de comunicação da Polícia Militar de Juiz de Fora, major Jean, há esquema especial de policiamento no município nesta quarta. Além da presença do ex-presidente Lula em agenda de pré-campanha, o motivo da ação é por conta de grupos contrários ao petista que marcaram manifestações, como o Direita JF. “Sempre tivemos tradição de receber bem os candidatos do PT, inclusive hoje temos uma prefeita do PT, só que temos presença desses grupos avessos que até agendaram um protesto na entrada do principal parque da cidade que fica a 100 metros do local onde Lula tem uma agenda e vai se encontrar com correligionários”, frisou.
O major enfatizou que houve um aumento do alerta no município e já ocorreram "animosidades" próximo ao aeroporto, quando o vídeo foi registrado.
“Havia manifestantes e simpatizantes do Lula quando apareceu uma carreata de um grupo avesso ao ex-presidente, ligados à direita. Houve ameaças mútuas e detectamos agressões isoladas, com a necessidade de intervenção da polícia militar. Foi quando foi gravada a imagem do policial com uma arma calibre 12, mas que estava com munição de borracha e era o equipamento indicado para esse tipo de intervenção. Ela foi necessária devido à possibilidade iminente de agressões e o policial fez essa intervenção para que algo mais grave não pudesse acontecer”, explicou. Por fim, o assessor da PM não descarta possibilidade de novas intervenções por conta da presença dos grupos contrários. Na parte da tarde, o ex-presidente Lula vai realizar um ato e a expectativa é que compareçam mais de cinco mil militantes e apoiadores. “Tudo foi ajustado com a prefeitura, guarda municipal e até a segurança do ex-presidente”, disse.
Especulações de ataque Na última terça (10), especulações sobre o planejamento de um possível ataque contra o ex-presidente foram descartados pela assessoria de Lula. Porém, o local que receberia o ato em apoio ao petista foi alterado. Segundo um parlamentar ouvido pela reportagem, a mudança foi motivada por conta da necessidade de um espaço maior. Durante a campanha eleitoral de 2018, o então candidato Jair Bolsonaro levou uma facada durante ato na região Central de Juiz de Fora.
GUIA MIRAI por O Tempo
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