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JOVEM DE 22 ANOS MORRE EM VIÇOSA (MG) APÓS LUTA CONTRA DOENÇA RARA E DESNUTRIÇÃO EXTREMA

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • 5 de mai.
  • 2 min de leitura

A cidade de Viçosa está de luto pela morte de Yasmin da Silva Cândido, de 22 anos, que faleceu na última sexta-feira (2) após anos de batalha contra a acalasia, uma doença rara do esôfago que compromete a passagem de alimentos para o estômago. Yasmin será sepultada neste sábado (3), no Cemitério Colina da Saudade, em uma cerimônia que deve reunir familiares e amigos comovidos com sua história de luta e superação.


Diagnosticada em 2020, Yasmin começou a apresentar sintomas severos de dificuldade alimentar, resultando em perda progressiva de peso. A suspeita é de que a acalasia tenha sido desencadeada por uma infecção pela Doença de Chagas, contraída ainda na infância, uma das causas secundárias da condição. A acalasia afeta de uma a duas pessoas a cada 100 mil habitantes, tornando o caso ainda mais incomum e desafiador para os médicos.


Em 2023, após uma intensa mobilização de familiares e da comunidade, Yasmin conseguiu arrecadar R$ 22 mil em doações para custear uma cirurgia especializada em Recife (PE), uma tentativa de restaurar a função do esôfago. No entanto, a intervenção não trouxe a recuperação esperada. Pelo contrário, seu estado de saúde piorou: o intestino parou de funcionar, obrigando a jovem a usar uma bolsa de colostomia. Em meio às complicações e à desnutrição severa, Yasmin viu seu peso despencar de 43 kg para apenas 27 kg.


Além da luta contra a doença, Yasmin era mãe de três crianças, com idades entre 1 e 4 anos, o que tornou sua situação ainda mais dramática. A história dela mobilizou moradores de Viçosa e sensibilizou pessoas de outras regiões pela gravidade do quadro e pela dedicação em tentar garantir um futuro melhor para seus filhos, mesmo enfrentando um quadro clínico extremamente debilitante.


A acalasia é caracterizada pela falha do esfíncter esofágico inferior em relaxar, bloqueando a passagem de alimentos. Sem tratamento adequado, a doença pode levar à desnutrição grave, como ocorreu com Yasmin.


Sua morte reacende a discussão sobre o diagnóstico precoce e o acesso a tratamentos de alta complexidade para doenças raras, especialmente em regiões onde enfermidades negligenciadas, como a Doença de Chagas, ainda fazem vítimas silenciosas.


Yasmin deixa um legado de coragem e resistência, e três filhos que agora contam com o apoio de familiares para seguir em frente. Amigos organizam campanhas para arrecadar recursos e garantir o sustento das crianças.


GUIA MIRAI

(com informações de G1)

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