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Foto do escritorGUIA MIRAI

INFLAÇÃO E PREÇO DAS CARNES: IMPACTO E PERSPECTIVAS PARA O CONSUMIDOR EM 2024


O preço das carnes em Belo Horizonte segue em elevação acentuada neste final de ano. De acordo com uma pesquisa divulgada pelo site Mercado Mineiro em 11 de novembro de 2024, houve um aumento médio de 17,7% nos preços em menos de um mês, afetando praticamente todos os 35 cortes de carne avaliados, incluindo carne bovina, suína e de frango.


Feliciano Abreu, responsável pela pesquisa, destacou que a alta dos preços vem sendo uma preocupação constante, especialmente nos últimos 21 dias. Tradicionalmente, a demanda por carne sobe no final do ano, o que historicamente provoca um aumento de preços. No entanto, neste ano, além do aumento sazonal de consumo, as exportações brasileiras de carne estão batendo recordes, elevando ainda mais os preços no mercado interno.


Abreu enfatiza que o consumidor já não encontra alívio nem nas carnes de frango, que anteriormente eram uma alternativa mais acessível. Segundo ele, essa escalada de preços prejudica tanto os consumidores, que precisam limitar suas compras, quanto os donos de açougues e supermercados, que enfrentam uma possível redução nas vendas.


Entre os cortes mais impactados, o copa lombo registrou o maior aumento, com uma elevação de 17,7%, passando de R$ 21,03 para R$ 24,75 o quilo. Outro corte suino, a bisteca, teve um aumento de 12,3%, de R$ 20,13 para R$ 22,61.


Por outro lado, uma das poucas exceções entre os cortes suínos foi a salsicha, que apresentou uma leve queda de R$ 10,97 para R$ 10,89 o quilo, representando uma variação pouco significativa para o consumidor.


O cenário atual se mostra especialmente desfavorável para consumidores de Belo Horizonte e região, que enfrentam a pressão inflacionária em outros produtos alimentícios essenciais. Essa alta nas carnes ocorre em um momento em que muitas famílias já estão restringindo seu orçamento devido à inflação em geral. A previsão é que, se os preços continuarem subindo, muitos consumidores terão de reduzir ainda mais o consumo de carne ou buscar alternativas ainda mais baratas.


Esse aumento também gera preocupações para o setor de varejo alimentício, que pode enfrentar um fim de ano com menor volume de vendas. Com os altos preços, o consumo tende a cair, pressionando também os estabelecimentos que comercializam carne, como açougues e supermercados.


O aumento expressivo nos preços das carnes reflete um conjunto de fatores complexos, que inclui tanto as condições do mercado interno quanto a alta demanda internacional por carne brasileira. O consumidor brasileiro, que já sente o impacto da inflação em outros setores, enfrenta agora mais um desafio no momento de manter uma alimentação equilibrada sem comprometer ainda mais o orçamento.


Esse cenário reforça a necessidade de acompanhamento dos preços, já que, para muitos, as alternativas e estratégias para driblar a alta são cada vez mais limitadas.


GUIA MIRAI

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