Corrida eleitoral vai se acirrando.
À medida que o calendário avança para as eleições municipais de 2024, a cidade de Cataguases testemunha o início fervoroso da corrida eleitoral para sua prefeitura. Com mais de 5 mil municípios brasileiros se preparando para o pleito, a dinâmica política local em Cataguases se destaca pelas movimentações estratégicas e a formação de alianças entre os pré-candidatos à liderança municipal.
Neste cenário pré-eleitoral, seis nomes emergem como prováveis concorrentes ao cargo de prefeito: José Henriques (MDB), atual prefeito buscando reeleição; Fernando Pacheco (PDT), ex-deputado estadual; Marcelo Mariotto (PT); Evandro Júnior; Willian Lobo (União Brasil), ex-prefeito por dois mandatos e o vereador Beto do Leonardo (REDE), cada qual com sua estratégia e base de apoio.
José Henriques, no esforço de garantir mais um mandato, tem se dedicado a eventos e obras de infraestrutura, além de reforçar sua equipe com figuras políticas. A saída da secretária de Educação, Luci Mara Guedes Gonçalves, supostamente por ligações com Fernando Pacheco, sinaliza as manobras políticas em curso. Outro ponto foi a aquisição do PL para sua base, com a nomeação de seu presidente, Anderson Moura como Assessor Administrativo II (conforme publicação do Jornal Cataguases do último domingo).
Por outro lado, Fernando Pacheco articula sua campanha atraindo vereadores para sua base e mantendo abertas as possibilidades de alianças, especialmente com Hercyl Neto, um nome visto como decisivo para o resultado das eleições. Pacheco expressa abertura para colaborações, mantendo o foco na formação de uma equipe coesa sem definir precipitadamente seu vice, embora a inclusão de Hercyl Neto possa alterar suas prioridades. Sobre compor a chapa com Mariotto, Pacheco disse que "nunca foi proposto por nenhuma liderança política a composição com outros possíveis pré-candidatos a prefeito. Como o Hercyl não colocou o seu nome como possível pré-candidato, existe claramente o interesse de tê-lo como um aliado sim", ressaltou. Ele também descartou, a princípio, o vereador Marcos Costa como possível vice. "Sobre o Vereador Marcos, é um grande nome do nosso grupo, assim como há outros grandes nomes e, em momento algum conversamos sobre a condição dele ser vice pois não estamos focado em definir o pré-candidato a vice prefeito, neste momento", disse, ressaltando que a única excessão seria para Hercyl Neto.
Hercyl Neto (foto ao lado), apesar de inicialmente afastado da disputa, tornou-se um ponto de interesse para vários pré-candidatos devido ao seu potencial em agregar valor às campanhas. Ele contou que recebeu convite de quatro pré-candidatos: José Henriques, Pacheco, Marioto e Evandro Jr., mas que tomará uma decisão apenas em março.
Marcelo Mariotto e os demais pré-candidatos do PT, PC do B e PV enfrentam o desafio de unificar as bases dentro da federação, além de negociar o apoio e a preferência dos membros do partido, o que inclui superar a preferência por outros candidatos como Fernando Pacheco. Mariotto enfrenta dentro do partido a competição com a ex-deputada Joana D'Arc e Oséias, além da competição de candidatos do PC do B, como o ex-prefeito Cesinha Samour e o vereador Rogério Filho.
Novatos como Evandro Júnior trazem consigo legados políticos como da ex-prefeita Maria Lúcia Mendonça, mãe de Evandro e apoios de figuras estabelecidas, como Carlos Magno, o Maguinho, que neste ano pretende se candidatar a vereador.
Já Willian Lobo (União Brasil) e Beto do Leonardo (REDE) preparam suas campanhas com estratégias próprias, visando fortalecer suas posições antes do início oficial da temporada eleitoral.
Este panorama pré-eleitoral em Cataguases evidencia a complexidade das dinâmicas políticas municipais, onde estratégias, alianças e a busca por apoio definirão os contornos da disputa pela prefeitura. À medida que a data das eleições se aproxima, a população de Cataguases observa atentamente as movimentações dos candidatos, antecipando uma eleição que promete ser tanto disputada quanto decisiva para o futuro da cidade. Vale lembrar que os nomes são especulações mais prováveis, pois até a realização das convenções partidárias o cenário poderá mudar (confira o calendário abaixo).
Calendário
O dia 6 de abril marca um momento crucial no calendário eleitoral, sendo estabelecido como a data-limite para que partidos políticos e federações registrem seus estatutos junto ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Essa mesma data também serve como prazo final para candidatas e candidatos estabelecerem domicílio eleitoral na área em que pretendem concorrer e terem suas filiações partidárias oficialmente aceitas pela entidade pela qual desejam lançar suas candidaturas.
Posteriormente, o período entre 20 de julho e 5 de agosto é reservado para a realização das convenções partidárias. Durante essas convenções, as agremiações deliberam sobre possíveis coligações e procedem com a seleção oficial de suas candidatas e candidatos, tanto para as disputas municipais das prefeituras quanto para as cadeiras de vereador. Após a definição dos candidatos, os partidos e federações têm até o dia 15 de agosto para realizar o registro dessas candidaturas junto à Justiça Eleitoral, cumprindo assim mais uma etapa fundamental do processo eleitoral.
A fase seguinte inicia em 16 de agosto, quando as campanhas eleitorais são oficialmente autorizadas a começar. A partir dessa data, candidatas, candidatos e suas respectivas agremiações têm permissão para dar início às atividades de campanha, marcando o começo efetivo da corrida eleitoral. Este período é essencial para a divulgação de propostas, realização de comícios, distribuição de material publicitário e outras ações visando conquistar o apoio dos eleitores.
GUIA MIRAI
(Por Mídia Mineira)
Comments