Uma mulher de Muriaé, enfrenta uma batalha há uma década para receber a pensão de seu falecido marido. Ângela Maria, que perdeu o esposo em 2014, descobriu que uma pessoa com o mesmo nome e CPF estava recebendo o benefício em seu lugar. A situação gerou indignação e preocupação para a viúva, que está desempregada e depende da ajuda de seus filhos para sobreviver.
Após o falecimento de seu marido, Ângela Maria deu entrada no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) para solicitar a pensão a que tinha direito. No entanto, em todas as tentativas realizadas nos últimos dez anos, seu pedido foi negado.
A descoberta de que outra pessoa, também chamada Ângela Maria, estava recebendo a pensão em seu lugar deixou a Viúva angustiada. Ela diz que a homônima cadastrada com o mesmo CPF nasceu também em Muriaé, mas atualmente reside em uma cidade de Minas, enquanto Ângela vive em São João de Meriti, na Baixada Fluminense.
“Eu trabalhei mais de 24 anos e não consigo dar entrada por idade. Eu tenho direito à minha aposentadoria. Agora, como é que eu vou dar entrada no ano que vem? Como? Se consta lá que eu já estou aposentada. Pelo amor de Deus, me ajuda, porque eu não estou aguentando mais.” Expressou Ângela Maria
Após inúmeras tentativas de resolver o problema junto ao INSS, a viúva decidiu buscar auxílio jurídico e encaminhar o caso para a justiça. A advogada que está acompanhando o processo teve acesso ao documento apresentado ao INSS e constatou que as informações são idênticas, exceto pela foto que pertence a uma mulher branca.
Ângela Maria revelou que, até o ano passado, estava empregada com carteira assinada em uma residência em Laranjeiras, na Zona Sul do Rio de Janeiro. No entanto, devido à fraude no recebimento da pensão, teve seu seguro-desemprego negado quando foi demitida.
Diante dessa situação preocupante, o INSS declarou que entrou em contato com Ângela Maria, solicitando que ela compareça a uma agência da Previdência Social para que seja feita uma nova análise da situação. Segundo o órgão, esse problema ocorreu devido a “inconsistências cadastrais”.
O órgão não esclareceu quando Ângela Maria começará a receber e nem se ela terá direito a receber os retroativos
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