Parlamentar Edênia Alcântara (PDT), ao denunciar os crimes, apresentou diversas capturas de tela das ofensas que sofreu.
Dois homens de 44 e 48 anos foram indiciados pela Polícia Civil no inquérito que apurou crimes de racismo cometidos contra a vereadora Edênia Alcântara (PDT) de Itaúna, no Centro-Oeste de Minas Gerais. Ao denunciar o caso, a parlamentar apresentou diversas capturas de tela dos ataques que sofreu.
Entre as mensagens, um internauta escreveu: “Mulher feia não vale R$ 1”. Outro disse: “Você é o pior (sic) que existe (sic) da raça negra”. A Polícia Civil não informou se foram os homens indiciados por racismo contra a vereadora de Itaúna que enviaram essas mensagens transcritas.
Segundo o delegado responsável pelas investigações, Leonardo Moreira Pio, os atos discriminatórios foram cometidos por meio de grupos no WhatsApp. Os suspeitos, além de ofenderem a vereadora de Itaúna, também ofenderam pessoas negras.
“Os indiciados responderão pelo crime previsto no artigo 2º da Lei 7716, que trata de condutas discriminatórias e preconceituosas. A Polícia Civil reforça o compromisso em combater crimes de ódio e ressalta que tais práticas são inaceitáveis e serão devidamente punidas”, acrescentou.
Quando apresentou a denúncia dos crimes para a Polícia Civil, no início de junho, a vereadora disse: "Esse tipo de violência acontece quando expomos nossos corpos para a luta. Isso acontece quando ocupamos espaços que há tanto tempo são privilegiados. São ameaças físicas, humilhações e interrupção de fala. Um mecanismo covarde que fere os valores democráticos".
GUIA MIRAI
(por O Tempo)
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