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CPMI DO INSS É ADIADA ENQUANTO GOVERNO PREPARA DOSSIÊ PARA LIGAR AS FRAUDES AO GOVERNO BOLSONARO

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • há 7 dias
  • 2 min de leitura

A oposição no Congresso decidiu adiar para a próxima semana o protocolo que cria a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) para investigar as fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Conhecida como "CPMI do INSS", a comissão tem como objetivo apurar irregularidades que vêm prejudicando milhões de aposentados e pensionistas em todo o país.


Enquanto isso, a base governista se mobiliza para apresentar um dossiê que, segundo fontes ligadas ao Palácio do Planalto, conecta integrantes do governo do ex-presidente Jair Bolsonaro a um esquema de descontos fraudulentos em benefícios previdenciários. O material, que já circula nos bastidores do Congresso, traz inclusive um organograma que aponta a participação de assessores da antiga Secretaria de Previdência Social na criação de entidades atualmente sob investigação da Polícia Federal.


Entre essas entidades está a Associação dos Aposentados Mutualistas para Benefícios Coletivos (Ambec), apontada como uma das principais responsáveis por fraudes envolvendo descontos indevidos nos contracheques de aposentados e pensionistas. De acordo com as investigações preliminares, assessores do governo Bolsonaro e do próprio INSS teriam facilitado a criação e o funcionamento dessas associações, que operavam à margem da lei.


Essas fraudes consistiam, principalmente, na inclusão não autorizada de contribuições para associações e clubes nos benefícios pagos pelo INSS. Os aposentados e pensionistas só percebiam o golpe ao notarem descontos inexplicáveis em seus extratos mensais. Estima-se que o prejuízo causado por esses esquemas seja bilionário.


A ofensiva do governo atual com o dossiê parece ter como objetivo não apenas defender-se na CPMI, mas também desviar o foco das críticas que já começam a surgir sobre a lentidão nas medidas de correção do sistema. De acordo com técnicos da área, as fragilidades no sistema de descontos do INSS vêm de gestões anteriores, mas foram mantidas sem alterações durante todo o período do governo Bolsonaro, o que teria permitido a continuidade e expansão das fraudes.


A expectativa é que o protocolo da CPMI ocorra na próxima semana, aumentando a temperatura no Congresso Nacional. De um lado, a oposição quer apurar responsabilidades atuais e pressionar o governo Lula. Do outro, a base governista tenta mostrar que a raiz do problema está no governo anterior.


O clima promete se acirrar ainda mais nos próximos dias, quando o dossiê deverá ser apresentado oficialmente, alimentando tanto o debate político quanto as investigações da Polícia Federal.


GUIA MIRAI

(com informações de G1)

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