CONSUMO DE ENERGÉTICOS AUMENTA CASOS DE EMERGÊNCIA CARDIOVASCULAR ENTRE JOVENS NO BRASIL
- GUIA MIRAI

- 4 de ago.
- 2 min de leitura

Por Guia Miraí
Sociedade Brasileira de Cardiologia emite alerta sobre riscos crescentes à saúde de adolescentes e jovens adultos
O que por muito tempo foi considerado “apenas uma bebidinha para dar energia” agora acende um alerta vermelho em hospitais e unidades de emergência de todo o Brasil. O consumo indiscriminado de bebidas energéticas, especialmente entre adolescentes e jovens adultos, tem gerado um aumento expressivo no número de internações por causas cardíacas, segundo apontam médicos e cardiologistas de várias regiões do país.
De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), os riscos do uso excessivo de energéticos incluem:
• Arritmias cardíacas
• Picos súbitos de pressão arterial
• Infartos precoces
• Casos de parada cardíaca, inclusive em jovens saudáveis
Especialistas alertam que esses efeitos se tornam ainda mais perigosos quando os energéticos são consumidos em jejum ou misturados com álcool — uma prática comum em festas, raves e baladas.
Um Alerta Silencioso: A Potência de uma Lata
Segundo a SBC, uma única lata de energético pode conter o equivalente à cafeína de quatro xícaras de café. O consumo de duas ou três latas em sequência pode sobrecarregar o sistema cardiovascular de forma significativa, principalmente em organismos ainda em desenvolvimento.
“É como submeter o coração a um esforço extremo, sem que o jovem tenha consciência disso”, explica o cardiologista Dr. Vinícius Nascimento. “A mistura com álcool mascara os sinais de cansaço e aumenta o risco de intoxicação.”
Casos Graves em Ascensão
Hospitais de diversas capitais brasileiras já relatam aumento nas admissões de jovens com sintomas como taquicardia, desmaios, dores no peito e, em casos mais graves, paradas cardiorrespiratórias. Muitos desses episódios ocorrem durante ou após festas, quando os energéticos são consumidos em grande quantidade e acompanhados de bebidas alcoólicas.
Preocupação entre Educadores e Pais
O alerta chega também às escolas, onde profissionais da educação estão sendo orientados a incluir o tema nas campanhas de conscientização sobre saúde e hábitos de vida. Organizações de pais e mestres vêm pedindo políticas públicas mais rigorosas quanto à venda e publicidade dessas bebidas para menores de idade.
O Que Vale Mais?
Diante dos riscos, especialistas reforçam a importância da conscientização. “O que vale mais: algumas horas de energia artificial ou a vida e a saúde de longo prazo?”, questiona a nutricionista Ana Paula Soares, que trabalha com educação alimentar em escolas públicas









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