COMPRA POLÊMICA: CHINA COMPRA MAIOR RESERVA DE URÂNIO DO BRASIL POR 2 BILHÕES
- GUIA MIRAI
- 28 de nov. de 2024
- 2 min de leitura
Venda da reserva de Pitinga envolve minerais estratégicos e ocorre em meio ao aumento global de investimentos em energia nuclear

A estatal chinesa China Nonferrous Trade (CNT) adquiriu a reserva de Pitinga, no Amazonas, por R$ 2 bilhões. A transação foi realizada pela mineradora Taboca e inclui, além de urânio, minerais como nióbio, tântalo e estanho. A reserva está localizada a 107 km de Manaus e é uma das mais promissoras do Brasil.
O papel estratégico do urânio
O urânio é utilizado como combustível em usinas nucleares e pode ser enriquecido para diferentes finalidades. Em níveis de enriquecimento entre 3% e 5%, é usado na geração de energia elétrica. Quando enriquecido acima de 90%, pode ser utilizado na produção de armas nucleares.
Com o aumento global da demanda por energia limpa, o urânio ganhou destaque como recurso essencial para garantir a transição energética e a segurança energética de países que investem em energia nuclear.
Críticas no Senado
O senador Plínio Valério (PSDB-AM) criticou, em pronunciamento no Plenário nesta quarta-feira (27), os bloqueios impostos à exploração de recursos naturais na Amazônia. Ele afirmou que, enquanto brasileiros enfrentam restrições, empresas estrangeiras, como a estatal chinesa CNT, têm liberdade para explorar reservas minerais estratégicas no país.
O parlamentar questionou a venda da reserva de urânio, destacando seu potencial estratégico para a indústria bélica e a ampliação de usinas nucleares. Segundo ele, a transação ocorreu sem impedimentos, levantando preocupações sobre a soberania brasileira no controle de seus recursos naturais.
Aposta mundial na energia nuclear
A energia nuclear está em alta no cenário global, considerada uma alternativa viável para reduzir emissões de carbono. Países como Reino Unido e China estão construindo novas usinas nucleares, valorizando recursos como o urânio em meio a crises energéticas e geopolíticas. A capacidade de geração contínua e a baixa emissão de carbono tornam a energia nuclear uma opção para o cumprimento de metas climáticas globais.
GUIA MIRAI
(com informações de O Globo)
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