O cataguasense Wanderley Pimenta, de 41 anos, nunca imaginou que um contrato de trabalho, assinado havia 12 dias, como vendedor em uma loja do Setor de Indústria de Taguatinga, no Distrito Federal, se tornaria o maior trauma da sua vida.
O funcionário de uma loja do Setor de Indústria de Taguatinga, que foi torturado e estuprado pelo patrão, deu detalhes sobre as 3 horas que passou na mão do agressor. Para a Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), o homem disse que foi agredido com uma arma, teve mãos e pés amarrados, além de ter um cabo de vassoura introduzido no ânus. O caso ocorreu em 12 de maio e o patrão, junto a outros dois funcionários, foram presos nesta terça-feira (13/6).
Em depoimento, a vítima contou que chegou à loja por volta das 8h da manhã. Nesse horário, ele relata ter sido levado aos fundos da loja pelo chefe e outro funcionário sob o pretexto de “pegar alguns pallets”. Logo que chegaram ao local, o chefe, identificado como Osmar Carvalho Correia, fechou a porta e perguntou onde estava uma furadeira que o homem teria furtado um dia antes — fato que ele confessou à PCDF.
Antes mesmo de responder, o homem conta que recebeu um mata leão de Osmar e vários socos, desferidos pelo outro funcionário que estava na sala. A vítima relata que desmaiou e, quando acordou, estava com pés e mãos amarrados.
Tortura
O homem afirma que, quando estava amarrado, Osmar jogou água nele e começou a dar coronhadas com uma pistola .40 — o que teria causado fraturas em seu rosto. Ele ainda conta que recebeu chutes por todo o corpo.
Em certo momento, outro homem pegou um cabo de vassoura e introduziu no ânus da vítima. A sessão de tortura teria continuado até as 11h, quando os homens colocaram a vítima dentro de um tambor e o levaram de carro até a QNM 34, onde o abandonaram.
Imagens de câmeras de segurança mostram o momento em que os suspeitos saíram do local com a vítima.
Segundo o depoimento da vítima, Osmar ainda teria obrigado o homem a informar a senha de aplicativos de banco e o ameaçou, para que ele não procurasse a polícia.
A 17ª Delegacia de Polícia (Taguatinga Norte) investiga o caso. No total, três homens foram presos e, em depoimento, todos permaneceram calados. Se condenados, os suspeitos poderão responder pelos crimes de roubo, tortura e estupro. Eles foram levados para a carceragem da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF).
GUIA MIRAI
(por Portal Metrópoles)
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