CARRO DE PREFEITO DE MIRAÍ FOI UTILIZADO POR SUSPEITOS EM SEQUESTRO EM BOA FAMÍLIA
- GUIA MIRAI
- 18 de jan.
- 3 min de leitura
O veículo, apreendido pela PMMG na madrugada deste sábado (18 de janeiro), está licenciado em nome de Adaelson Magalhães, prefeito de Miraí do Republicanos
O carro do prefeito Adaelson Magalhães teria sido utilizado pelos suspeitos sem a placa e apreendido pela PMMG já com a identificação

Na madrugada deste sábado (18 de janeiro), um veículo registrado no nome do prefeito de Miraí, Adaelson Magalhães (Republicanos), foi apreendido pela Polícia Militar de Minas Gerais (PMMG) durante uma operação que prendeu dois suspeitos de sequestro e cárcere privado no distrito de Boa Família, Muriaé. O crime, ocorrido entre a noite de sexta-feira e a madrugada de sábado, ainda deixou outras duas pessoas foragidas e uma vítima não localizada.
Dois suspeitos foram presos em flagrante e levados para Leopoldina, também na Zona da Mata. Outros dois e a vítima ainda não foram localizados pela PMMG. Os policiais militares ainda apreenderam R$ 3.250 em espécie. Adaelson ainda não atendeu às tentativas de contato de O TEMPO, por mensagens e ligações. Tão logo o prefeito se manifeste, a reportagem será atualizada. O espaço segue aberto.
De acordo com o boletim de ocorrência, por volta das 23h dessa sexta-feira, três suspeitos teriam descido do veículo em uma lanchonete e pizzaria, teriam agredido dois homens, um de 36 e outro de 31 anos, e sequestrado o mais novo. Em seguida, os suspeitos seguiram em direção à rodovia que liga Muriaé a Miraí.
Os suspeitos do sequestro foram identificados (R.A.S., R.C.B., V.S.A. e W.A.O.), sendo que dois deles foram presos em flagrante, enquanto os outros ainda estão foragidos.
As testemunhas contaram à PMMG os suspeitos se identificaram na lanchonete como naturais do Estado do Rio de Janeiro e disseram que as agressões foram uma represália à vítima sequestrada. Eles teriam atribuído ao homem de 31 anos o roubo de uma propriedade de um dos suspeitos na saída do distrito de Boa Família, sentido Miraí.
Ainda segundo as testemunhas, em meio às agressões, disparos de armas de fogo atingiram mesas, garrafas e janelas da lanchonete e pizzaria. Os tiros não teriam atingido nenhum dos presentes. A PMMG recolheu nove cartuchos de calibre nove milímetros deflagrados na rua em frente ao estabelecimento no distrito de Boa Família.
Após ter acesso a imagens de uma câmera de segurança, a PMMG confirmou os depoimentos e descobriu que, quando os três suspeitos desceram do veículo no nome de Adaelson, um quarto permaneceu na condução. De acordo com os policiais militares, havia “um engate para carretinha” no carro.
Mais tarde, já dentro do perímetro urbano de Miraí, a PMMG identificou o veículo, que foi descrito pelas testemunhas como “aparentemente prata, com marcas de barro e sem placas”. Então, os policiais interceptaram o carro, que teria saído “abruptamente da estrada de chão e, logo em seguida, acessado a MGC-265”.
Quando a PMMG abordou o veículo, havia duas pessoas. Um dos suspeitos do sequestro e cárcere privado, o motorista teria dito que eles deixaram o sítio do pai “minutos que antecederam a abordagem”. Entretanto, conforme os policiais, ele demonstrou, “a todo momento, grande preocupação e nervosismo”. Ele ainda disse que estava com o carro “a todo momento” e “não havia o emprestado a ninguém”.
Durante a abordagem, o veículo já estava com a placa. De acordo com os policiais, ela estaria parafusada “de forma precária”. Em meio à sujeira na placa e na lataria, apenas o entorno dos parafusos estariam limpos, “demonstrando que possivelmente estes haviam sido retirados ou colocados há poucos instantes”.
O veículo, então, foi removido para um pátio, onde a PMMG descobriu que ele está licenciado em nome de Adaelson. O motorista teria dito aos policiais militares que o carro estava sob a propriedade dele.
Até o momento o Prefeito de Miraí não se manifestou para explicar esse carro envolvido no crime, ou dizer algo que relata a posse do veículo (ao motorista)”.
Outras testemunhas ainda teriam visto a vítima nas imediações do distrito de Boa Família. De acordo com o morador, ela teria pedido a água, dito que “tinha pessoas querendo matá-lo” e, em seguida, fugido em direção ao mato. A PMMG não confirmou a “integridade física” da vítima.
A comunidade local aguarda esclarecimentos, enquanto as autoridades seguem com as investigações. O caso continua a ser monitorado, e atualizações serão fornecidas à medida que novas informações surgirem.
O espaço segue aberto para manifestação do prefeito Adaelson Magalhães ou qualquer outra parte envolvida no caso.
GUIA MIRAI
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