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ADOLESCENTE É EXPULSO DE ESCOLA PARTICULAR EM MURIAÉ APÓS COMETER CRIME DE INJÚRIA RACIAL CONTRA ALUNA NEGRA

  • Foto do escritor: GUIA MIRAI
    GUIA MIRAI
  • 11 de abr.
  • 2 min de leitura

Nesta sexta-feira uma advogada da OAB acompanhará a aluna à Delegacia de Polícia Civil para ser ouvida. Um Boletim de Ocorrência já foi feito

Um grave caso de injúria racial envolvendo estudantes de uma escola particular em Muriaé (MG) ganhou grande repercussão nas redes sociais e mobilizou autoridades, instituições de defesa dos direitos humanos e a sociedade civil nos últimos dias.


O episódio teve início após a circulação de um áudio com conteúdo racista, no qual um adolescente proferia ofensas com conotação racial direcionadas a uma colega de sala, estudante negra. A gravação, compartilhada em grupos de WhatsApp e redes sociais, causou revolta e indignação entre moradores da cidade e ativistas antirracismo.


Diante da rápida repercussão, a direção da escola se pronunciou oficialmente, repudiando o ato e informando que o aluno foi imediatamente desligado da instituição, conforme prevê o regimento interno. “Esta instituição não tolera e jamais tolerará qualquer forma de discriminação ou preconceito”, dizia a nota publicada nas redes sociais da escola.


A Secretaria Municipal de Direitos Humanos também se posicionou publicamente, ressaltando que o combate ao racismo vai além da punição individual e requer enfrentamento do racismo estrutural presente na sociedade. “O combate ao racismo não se limita à punição de atos isolados, mas envolve também o enfrentamento do racismo estrutural”, afirmou em comunicado.


A Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), por meio da Comissão de Promoção da Igualdade Racial da 36ª Subseção de Muriaé, emitiu nota de repúdio e se colocou à disposição para oferecer apoio jurídico à vítima. A presidente da comissão, a advogada Sandra Franklin, declarou que acompanhará pessoalmente a jovem à Delegacia de Polícia Civil, onde será ouvida nesta sexta-feira (11).


A advogada Sandra lamentou o ocorrido e destacou a importância de ações concretas para enfrentar a herança histórica do racismo no Brasil. “Infelizmente o nosso país se desenvolveu em cima da escravidão e ainda hoje temos pessoas que acreditam que são melhores e que podem tratar pessoas negras como se fossem objetos. Cabe a nós, negros que conseguiram um conhecimento maior, e também aos brancos antirracistas, darmos suporte jurídico e acolhimento às vítimas, mostrando o caminho do que fazer”, afirmou.


O caso já foi registrado em Boletim de Ocorrência, e a Polícia Civil deve seguir com as investigações. A expectativa é de que, além da responsabilização do agressor, o episódio sirva de alerta para a necessidade de ações educativas e políticas públicas voltadas ao combate do racismo em todos os ambientes, especialmente no espaço escolar.


GUIA MIRAI



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